O caso, ocorrido nos Estados Unidos, despertou a empatia dos internautas
Redação Publicado em 14/09/2022, às 16h10
Em 2020, Pieper Lewis, uma jovem negra que tinha então 15 anos, foi condenada por homicídio culposo e lesão intencional de Zachary Brooks, um homem de 37 anos que a abusou física e sexualmente.
Na ocasião, a adolescente norte-americana se declarou culpada por suas acusações como parte de um acordo judicial. Posteriormente, todavia, ela apelou à decisão, dessa vez com representantes legais que puderam mostrar que Lewis era a vítima naquela situação.
Ela foi expulsa de casa, traficada sexualmente e estuprada por diversos homens, incluindo Brooks, a quem ela acabou esfaqueando até a morte. Esse novo processo concluiu que cinco anos em liberdade condicional eram o suficiente, considerando que, entre 2020 e 2022, ela já esteve em uma detenção juvenil.
O único detalhe que persistiu foi que a jovem era obrigada a pagar uma compensação financeira de 150 mil dólares (ou o equivalente a mais de 776 mil reais) à família do homem que matou, o seu estuprador. Essa é uma determinação prevista na lei do estado norte-americano de Iowa, de forma que o juiz não podia fazer nada.
Em uma feliz reviravolta de eventos, todavia, um antigo professor de Pieper organizou uma vaquinha virtual no site "GoFundMe", onde relatou o caso da ex-aluna, atraindo a empatia de internautas.
Pieper não merece receber esse fardo financeiro para o resto de sua vida porque o estado de Iowa escreveu uma lei que falha em fornecer aos juízes qualquer discrição sobre como ela é aplicada. Esta lei não faz sentido em muitos casos, mas, neste caso, é moralmente injustificável. Uma criança que foi estuprada, em hipótese alguma, deve ficar devendo dinheiro à família do estuprador", escreveu ele na plataforma.
As doações conseguidas até a publicação desta notícia já alcançavam 210 mil dólares, ultrapassando o valor necessário para o pagamento da multa, o que é um alívio para a adolescente estadunidense e para os adultos que procuravam ajudá-la.
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