Diretor artístico da cerimônia dos Jogos Olímpicos quebrou o silêncio após acusações de blasfêmia com a obra "Última Ceia"
Thiago Lincolins Publicado em 28/07/2024, às 13h47
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris, na última sexta-feira, 26, foi marcada por uma polêmica. Durante o evento, um grupo de pessoas, incluindo drag queens, aparecia alinhado numa mesa, em notável referência a obra "Última Ceia", de Leonardo da Vinci.
Nas redes sociais, as opiniões se dividiram, pois, o afresco representa a última cerimônia que Jesus Cristo fez com os seus apóstolos. Enquanto muitos celebraram a inclusão em um evento transmitido para o mundo inteiro, outros consideraram o episódio um 'desrespeito', embora a sociedade já tenha presenciado inúmeras releituras do tipo.
Thomas Jolly, atual diretor artístico da cerimônia de abertura dos Jogos, se manifestou após a repercussão nas redes sociais, informa a AFP. Ele negou que o espetáculo tenha ridiculizado o afresco.
This is crazy. Opening your event by replacing Jesus and the disciples at the The Last Supper with men in drag. There are 2.4 billion Christians on earth and apparently the Olympics wanted to declare loudly to all of them, right out of the gate
— Clint Russell (@LibertyLockPod) July 26, 2024
NOT WELCOME pic.twitter.com/T88AmXbqXL
"Nunca encontrará da minha parte nenhum desejo de zombar, de denegrir nada. Quis fazer uma cerimônia que reparasse, que reconciliasse. Também que reafirmasse os valores de nossa República", explicou Jolly à rede de televisão BFMTV.
Ele também disse que a obra de da Vinci "não foi minha inspiração". "A ideia era mais fazer um grande festival pagão conectado com os deuses do Olimpo... Olympus... Olimpismo", explicou.
Após a cerimônia, a Igreja Católica na França se posicionou e classificou o momento como 'escárnio'.
"Infelizmente, esta cerimônia incluiu cenas de escárnio e zombaria do cristianismo, o que lamentamos profundamente", disse a Conferência dos Bispos Franceses em um comunicado.
Políticos de extrema-direita também aproveitaram o barulho nas redes sociais para condenar a cerimônia.
"A todos os cristãos do mundo que estão assistindo à cerimônia de Paris-2024 e se sentiram insultados por essa paródia drag queen da Última Ceia, saibam que não é a França que está falando, mas uma minoria de esquerda pronta para qualquer provocação", escreveu Marion Marechal, política de extrema-direita, através do X.
Já Matteo Salvini, destacou: "Abrir as Olimpíadas insultando bilhões de cristãos no mundo foi realmente um péssimo começo, caros franceses. Desprezível."
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