Sarcófago encontrado - Divulgação/Ministéria da Cultura e Turismo da Turquia
Gladiador

Arqueólogos encontram curiosa tumba de gladiador romano na Turquia

Em vez dos restos mortais do gladiador, no entanto, foram encontrados na tumba ao menos 12 esqueletos, o que sugere que o sarcófago teria sido reutilizado

Giovanna Gomes Publicado em 04/10/2024, às 08h41 - Atualizado em 06/10/2024, às 14h21

Uma equipe de arqueólogos na Turquia desenterrou um sarcófago de 1.800 anos com inscrições que indicam ter pertencido ao gladiador romano Eufrates.

No entanto, em vez de encontrar os restos mortais do gladiador, a equipe se deparou com os ossos de 12 homens e mulheres, datados do século V d.C., sugerindo que o sarcófago foi reutilizado cerca de 200 anos após sua construção.

"Sabemos pelas inscrições que a tumba foi originalmente destinada a gladiadores", disse ao Live Science Sinan Mimaroglu, professor associado e historiador de arte da Universidade Hatay Mustafa Kemal, que liderou as escavações.

Mimaroglu e sua equipe encontraram o sarcófago romano nas ruínas de uma antiga basílica localizada na colina de Ayasuluk, na província de Esmirna, região que abrigou a antiga cidade grega de Éfeso.

O sarcófago, além das inscrições, possui símbolos cristãos gravados em sua tampa e no interior, com cruzes que remontam ao século V d.C., semelhantes às encontradas em tumbas imperiais da Turquia e da Síria.

Os pesquisadores identificaram três relevos de cruzes datados do século V e mais cruzes que parecem ter sido esculpidas na tampa da tumba no século VIII. Mimaroglu e sua equipe agora comparam essas cruzes com outras na região, buscando informações sobre as crenças das pessoas que fizeram essas marcações.

Basílica

O sarcófago, juntamente com mosaicos e um antigo sistema de drenagem, foi encontrado a apenas 20 centímetros abaixo da basílica dedicada a São João. A igreja, um importante local de sepultamento, foi transformada em um edifício abobadado pelo imperador Justiniano I, entre 527 e 565 d.C.

Os 12 indivíduos enterrados no século V provavelmente faziam parte da elite social ou do clero, já que apenas pessoas de alta classe seriam sepultadas de maneira tão meticulosa dentro de uma igreja.

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