Antigo naufrágio do século 16 que afundou na costa sul da Croácia revelou série de tesouros, incluindo trombetas de bronze e canhões
Éric Moreira Publicado em 22/07/2024, às 13h27
Recentemente, arqueólogos subaquáticos do Centro Internacional de Arqueologia Subaquática em Zadar, na Croácia, descobriram nos restos de um antigo naufrágio do século 16 uma impressionante e rara carga de trombetas de bronze, além de outros artefatos da época. O navio afundou originalmente na costa sul da Ístria, próximo do atual Cabo Kamenjak.
Segundo o Heritage Daily, as escavações recentes no naufrágio descobriram não só a carga de trombetas bronze — uma liga metálica de cobre e estanho —, considerado um achado excepcionalmente raro do período, como também uma série de vasos de cerâmica, contas de vidro coloridas e tigelas feitas de vidro vermelho.
Em comunicado, Luka Bekić, do Centro Internacional de Arqueologia Subaquática da Croácia, informa que "as trombetas estavam sendo transportadas em pedaços", e que foi possível apontar que ali havia uma carga com cerca de dez trombetas. "Há menos de dez trombetas do século 16 em museus famosos em todo o mundo", acrescenta, para enfatizar a importância do achado.
Também é descrito que as trombetas continham inscrições que indicavam que eram originárias de Estrasburgo, na França, e de Leiden, na Holanda. Em um dos exemplares mais bem-preservados, é possível ler a inscrição "LVGDVNY BATAVORVM", o nome latino de Leiden.
Ainda em comunicado, os pesquisadores pontuam que o navio provavelmente era de origem da Holanda, e faria comércio entre Leiden, na Holanda, Veneza, na Itália, e Istambul, na Turquia.
No local das escavações, também foram encontrados vestígios da estrutura de madeira, fragmentos de polias, cordas e três canhões — que devem permanecer no local até que seja planejado um método adequado para removê-los e conservá-los em segurança.
+ Canhão do século 14 pode ser o mais antigo já registrado na Europa
Além das escavações subaquáticas, os pesquisadores também vêm registrando o local do naufrágio usando fotogrametria, permitindo que seja criado um modelo digital 3D, "o que encurta o tempo de mergulho e permite a documentação precisa do segmento do local que estamos investigando, dando-nos, em última análise, uma imagem completa do local", explica o pesquisador Roko Surić, ainda no comunicado.
Kremlin alerta os Estados Unidos sobre as consequências de envolvimento na guerra
Pai e filho são multados em R$ 1,1 milhão por roubo de borboletas raras no Sri Lanka
Submarino do Titanic: Reveladas as últimas mensagens trocadas antes do acidente
Construtora do Titanic anuncia que vai se desfazer de negócios e realizar demissões
'Portas Fechadas': Podcast traz bastidores sobre falência da Varig
Balão de lixo enviado pela Coreia do Norte gera incêndio em prédio em Seul