Nova pesquisa sugere a existência de buracos negros cerca de 150 anos-luz do nosso Sol
Redação Publicado em 11/09/2023, às 11h12 - Atualizado em 13/09/2023, às 10h09
Desde a descoberta dos buracos negros, esses objetos espaciais nunca se mostraram como uma razão para preocupação na vida da Terra, muito distantes daqui. Um estudo mais recente sugere que, possivelmente, esses corpos estejam mais perto de nós do que imaginamos.
O estudo em questão, publicado na edição de setembro do periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, foi desenvolvido em conjunto por um grupo de cientistas da Itália, Espanha, Alemanha, Reino Unido e China. Conforme apontam os dados, buracos negros podem fazer parte das chamadas Híades, um aglomerado estelar aberto próximo ao nosso Sistema Solar, na constelação de Touro.
Segundo a Revista Galileu, a região espacial reúne uma série de estrelas com idades e composições químicas bastante semelhantes entre si, estando localizada a 45 parsecs (150 anos-luz) do nosso Sol. No caso, o candidato a ser o buraco negro mais próximo da Terra é o Gaia BH1, a 480 parsecs de distância — ou seja, ainda sem nos oferecer riscos.
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Para chegar à conclusão, os pesquisadores se empenharam grandemente a estudar o movimento dos astros existentes nas Híades. Então, para compreender a evolução dos corpos celestes, foram utilizadas simulações e representações de modelos astronômicos que, quando comparadas a observações anteriores da Agência Espacial Europeia (ESA), demonstraram incompatibilidade.
As nossas simulações só podem corresponder simultaneamente à massa e ao tamanho das Híades se alguns buracos negros existissem no centro do aglomerado hoje ou até recentemente", explica o pós-doutorando da Universidade de Pádua (Itália) e primeiro autor do estudo, Stefano Torniamenti, em comunicado.
Então, quando os autores do estudo consideraram que as Híades possuíam, atualmente, dois ou três buracos negros, as simulações ofereceram finalmente resultados mais próximos às medições de satélites da ESA. Ainda assim, os cientistas avaliam que resultados semelhantes poderiam ser obtidos até em cenários onde buracos negros tivessem sido ejetados há menos de 150 milhões de anos, por isso as incertezas sobre as afirmações.
"Essa observação nos ajuda a compreender como a presença de buracos negros afeta a evolução dos aglomerados estelares e como esses aglomerados contribuem para as fontes de ondas gravitacionais", conclui o coautor do estudo e membro do Departamento de Física Quântica e Astrofísica da Universidade de Barcelona (Espanha), Mark Gieles. "Estes resultados também nos dão uma ideia de como estes objetos misteriosos estão distribuídos pela galáxia."
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