Táxi voador sobrevoando Paris - Divulgação/Velocopter
Olimpíadas

Táxis voadores serão testados durante as Olimpíadas de Paris 2024

França autorizou táxis voadores para o evento olímpico com direito a pista de pouso e decolagem flutuante montada no Rio Sena

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 10/07/2024, às 16h28

Na última terça-feira, 9, o Diário Oficial da França anunciou a autorização para a utilização de táxis voadores elétricos durante as Olimpíadas de Paris 2024. Essa decisão do Ministério dos Transportes Francês gerou controvérsia, especialmente com a Prefeitura de Paris, que já sinalizou a intenção de contestar a medida.

Além da permissão para os táxis voadores, foi aprovada a construção de uma pista de voo flutuante no Rio Sena. Este projeto inovador é fruto de uma parceria entre o grupo Aéroports de Paris e a fabricante alemã de aeronaves, Volocopter. A iniciativa visa testar o serviço até o final deste ano, operando entre 8h e 17h, com um limite de dois voos por hora.

Por ser uma fase de teste, a operação dos táxis voadores está planejada para acontecer até 31 de dezembro de 2024, com um total de 900 viagens previstas. Devido à falta de autorização da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), os voos serão inicialmente gratuitos. A data de início das operações ainda não foi divulgada.

A aprovação governamental não foi bem recebida pela Prefeitura de Paris, que classificou o projeto como uma "aberração ambiental". David Belliard, assistente de mobilidade urbana para a cidade de Paris, criticou a decisão, afirmando que "o governo não tem qualquer legitimidade democrática e continua a ir contra o Conselho de Paris."

Críticas

Em setembro de 2023, a autoridade ambiental já havia criticado o projeto, apontando preocupações com a poluição sonora e visual, o consumo excessivo de energia e os riscos à segurança dos passageiros. Segundo a CNN, em fevereiro de 2024, uma pesquisa pública mostrou que a maioria dos cidadãos também era desfavorável à iniciativa.

Em resposta às críticas, as empresas ADP e Volocopter argumentaram que os táxis voadores já são utilizados para transporte médico emergencial e ressaltaram a importância de buscar inovações. Eles afirmam que a introdução dos táxis voadores representa um avanço significativo na mobilidade urbana e na redução do congestionamento durante eventos de grande porte como as Olimpíadas.

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