O residência aristocrática que abrigou a amante de Dom Pedro I está aberta para visitação em São Paulo
Wallacy Ferrari Publicado em 30/01/2022, às 09h00 - Atualizado em 24/01/2023, às 09h00
Domitila de Castro do Canto e Melo, amante de Dom Pedro I conhecida pelo título nobiliárquico de Marquesa de Santos – mesmo sem nunca ter pisado no município do litoral paulista –, marcou a história da família imperial durante o século 19.
Um lado menos lembrado da figura histórica, todavia, é de sua vida na então Rua do Carmo, no famoso 'Solar da Marquesa de Santos', como o conhecemos hoje em dia.
O edifício histórico não apenas marcou uma fase de expansão urbana da megalópole paulistana, mas possui uma curiosa história levantada cautelosamente pelo Museu da Cidade, da prefeitura de São Paulo. Com base nele, o site Aventuras na História reservou alguns fatos sobre o surgimento desta residência marcada na história do país.
5 curiosidades sobre o Solar da Marquesa de Santos.
Na edificação do Centro de São Paulo, os primeiros povoadores estrategicamente posicionaram suas residências ao redor do Páteo do Colégio, a primeira edificação do município, destinada a catequização de povos indígenas na área. Dessa maneira, o terreno ao lado foi ocupado onde hoje existe a Rua Roberto Simonsen, na altura do número 136.
Apesar de não haver registros precisos sobre a data de construção do Solar, os primeiros dados que apontam a existência do edifício são de documentos do século 18, que indicam que, entre 1739 e 1754, existiam quatro casas naquela rua.
Dada a proximidade ao Páteo, há de se crer que esteve incluído nessa estimativa diante da junção de duas casas. A primeira confirmação surge em 1802, quando ela foi dada como um pagamento de dívidas ao Brigadeiro José Joaquim Pinto de Morais Leme, que documentou seu registro pela primeira vez.
A Marquesa de Santos só se tornaria dona do terreno em 1834, após adquirir o imóvel da filha e herdeira de Brigadeiro Leme. Com a nova administradora, o endereço se tornou badalado pela alta sociedade, realizando famosas festas e o apelidando de Palacete do Carmo. Por lá, ela viveu durante 33 anos, até 1867, quando faleceu aos 69 anos de idade.
A morte da Marquesa fez com que seu filho, Comendador Felício Pinto de Mendonça e Castro, herdasse a residência aristocrática, permanecendo por lá durante 13 anos, quando em 1880 o imóvel foi colocado em hasta pública, ou seja, foi vendido como bem penhorado através de um leilão.
Quem arrematou a casa foi Mitra Diocesana, que transformou o local no Palácio Episcopal, realizando uma grande reforma que, inclusive, incluiu a principal marca externa da residência, mantida até os dias atuais; as características neoclássicas em sua fachada principal, que é marcada pelas varandas.
Em 1909, o último dono privado adquiriu o imóvel. Era a The São Paulo Gaz Company, que realizou curiosas modificações no local e em 1967, a sucessora, a Companhia Paulista de Gás, foi desapropriada, tendo seus imóveis entregues à Prefeitura de São Paulo.
Esta, por sua vez, abrigou a Secretaria Municipal de Cultura em 1975 e incorporou ao patrimônio municipal, restaurando o edifício em 1991 e, hoje em dia, abrigando o Museu da Cidade de São Paulo, que representa uma raridade do século 18.
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