Baseado em uma das maiores tragédias aéreas da História, A Sociedade da Neve é o filme mais assistido entre brasileiros na Netflix
Thiago Lincolins Publicado em 08/01/2024, às 14h45
Baseado em uma das maiores tragédias da História, 'A Sociedade da Neve' resgata o trágico acidente de avião que levava 45 pessoas e caiu numa área remota da Cordilheira dos Andes. Isolados e enfrentando baixas temperaturas, os sobreviventes do acidente precisaram encarar o medo, avalanches e a fome, até mesmo recorrendo aos corpos das vítimas da tragédia.
O episódio, ocorrido em 13 de outubro de 1972, envolveu o voo Força Aérea Uruguaia 571, que levava uma equipe de rugby com amigos e sobreviventes. A história de sobrevivência ficou conhecida como 'Milagre dos Andes'. Agora, um novo filme sobre o acidente foi lançado pela plataforma de streaming Netflix.
Mais assistido por brasileiros na Netflix, o filme fora dirigido por Juan Antonio Bayona e compreende uma adaptação da obra homônima escrita pelo jornalista Pablo Vierci, que foi lançada em 2008, enfatiza o Tudum, o site oficial da Netflix. O autor entrevistou os sobreviventes da tragédia, resultando num material valioso.
Por ser baseado em uma história real, muitos se perguntam se o filme foi aprovado pelos sobreviventes do acidente e familiares das vítimas. Ao The Hollywood Reporter, Bayona explicou que teve autorização de todas as famílias para retratar os nomes verdadeiros exibidos no filme.
"Eu estava preocupado em como iria mostrar isso. Mas o fato de eu mostrar o ponto de vista do outro lado os deixou muito interessados. Acho que de alguma forma é a primeira vez que contamos a história de toda a sociedade [os sobreviventes e as vítimas] e isso foi muito importante, não só para os sobreviventes, mas para as suas famílias. Lembre-se de que esta é a primeira vez que temos permissão de todas as famílias para usar seus nomes verdadeiros", disse ele ao veículo.
Além disso, o diretor também explicou que o filme foi conferido pelos familiares, que gostaram do fato de ser fiel à história real do acidente.
"Como você pode imaginar, eu estava muito nervoso. Mas acho que foi a primeira vez que obtivemos uma resposta unânime de todos eles. Porque eles são todos tão diferentes – um grupo muito sólido, mas cada um tem sua personalidade e são personagens muito fortes. Mas eles realmente gostaram de quão próximo era da realidade da história. Tiveram a impressão de estar de volta às montanhas, pois reconheceram a geografia", enfatizou Bayona.
Além disso, conforme repercutido pelo USA Today, o diretor explicou que os sobreviventes estavam abertos para relembrar os acontecimentos turbulentos de 1972.
"Acho que alguns dos sobreviventes, após 50 anos da tragédia, estavam mais abertos para falar sobre o que aconteceu", disse ele. "Estou pensando, por exemplo, em Adolfo 'Fito' Strauch. Conversar com ele ajudou muito na formação de seu personagem no filme, e ele teve um papel muito importante. Com seus primos, Daniel Fernandez e Eduardo Strauch, eles foram responsáveis por a organização do grupo após a morte do capitão" e da tripulação".
Já à Netflix, ele explica que "Os sobreviventes foram fundamentais. O entusiasmo deles alimentou o filme e minha perspectiva (...) Foi essencial para os [atores] se conectarem com os sobreviventes e outras famílias".
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