Fred C. Trump III e Donald Trump - Arquivo Pessoal
Donald Trump

Sobrinho de Trump alerta sobre histórico de demência na família

Fred C. Trump III expõe semelhanças entre o comportamento de Donald Trump e outros parentes que lidaram com a demência, levantando preocupação

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 04/11/2024, às 15h14

O sobrinho de Donald Trump, Fred C. Trump III, concedeu em uma entrevista exclusiva à 'People' suas preocupações sobre a saúde cognitiva de seu tio, relacionando o comportamento recente do ex-presidente a uma história familiar marcada por casos de demência.

Fred, de 61 anos, relembrou o diagnóstico de Alzheimer de seu avô, Frederick Christ Trump Sr., e afirma notar padrões semelhantes no comportamento de Donald, hoje com 78 anos.

Fred revela que o declínio cognitivo de Trump lhe traz lembranças do que viu em seu avô e em outros membros da família que enfrentam problemas neurológicos. "Como qualquer outra pessoa, eu vi o declínio dele. Mas vejo isso em paralelo com a forma como o declínio do meu avô foi", afirmou na entrevista à 'PEOPLE'.

Ainda segundo o americano, o ex-presidente minimizou frequentemente os sintomas de Alzheimer do pai, negando a gravidade da condição, o que, para ele, reflete uma tendência de negação de problemas familiares.

Com a proximidade das eleições, Fred expressou frustração pela falta de investigação sobre o histórico familiar de saúde mental dos candidatos. Ele considera importante observar esses padrões e acredita que o histórico de saúde cognitiva de uma pessoa pública deveria ser considerado na hora de avaliar sua exigência para cargas de liderança.

Na entrevista, o sobrinho do candidato também relatou outras situações difíceis que apresentou. Ele relembrou o episódio em que seu tio, ao conhecer William, seu filho com uma mutação genética rara, rejeitou a explicação da condição de saúde, dizendo: "Não nossos genes". Esse comportamento reflete a resistência de Trump em admitir qualquer possibilidade de vulnerabilidade na família.

Para ele, a negativa constante de Donald em consideração sobre questões de saúde na família é uma tentativa de evitar qualquer questionamento sobre si.

Fred ainda registrou que, no fim da vida, seu avô passou a exibir comportamentos agressivos, com explosões de raiva direcionadas à sua avó. "Ele gritava, e eu testemunhei isso, gritava com minha avó por gastar muito dinheiro", disse à 'People'.

Problemas mundiais

Esse histórico de descontrole cognitivo, embora privado, levantou uma preocupação ao considerar as implicações do comportamento de seu tio como possível líder mundial. 

"Meu avô nunca tomou decisões que impactariam o mundo todo. Mas meu tio, se for eleito, estará na posição de uma das pessoas mais poderosas do mundo", destacou Fred, ressaltando que a gravidade das responsabilidades de Trump traz à tona uma importância de um debate sério sobre a saúde mental de líderes políticos.

A campanha de Donald Trump, por sua vez, classificou as alegações como "completamente fabricadas e uma notícia totalmente falsa". No entanto, Fred reafirma as suas preocupações e, agora apoiando a candidatura de Kamala Harris, insiste que as suas observações se baseiam na experiência familiar e no conhecimento próximo sobre o declínio cognitivo dentro da família.

Para Fred, reconhecer o histórico de demência na família é fundamental para lidar com a possibilidade de Trump exibir os mesmos sinais.

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