Autoridades italianas divulgaram ao público na última segunda-feira, 28, a investigaço sobre o caso de crimes de ódio
Isabela Barreiros Publicado em 31/10/2019, às 17h21
Autoridades italianas estão investigando o caso da senadora vitalícia da Itália, Liliana Segre, de 89 anos, alvo de mensagens de ódio com conteúdo antissemita. A parlamentar de origem judia sobreviveu ao campo de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia, durante a Segunda Guerra Mundial.
Um grupo de combate ao terrorismo na Itália está sendo responsável pela investigação que começou há um ano, mas apenas divulgada ao público na última segunda-feira, 28. Alberto Nobili, chefe do grupo antiterrorista de Milão, abriu o inquérito.
De acordo com o jornal diário italiano La Stampa, “até 200 mensagens racistas e de ódio chegam todos os dias à senadora”. A presidente do Senado, Elisabetta Casellati, disse que as ofensas são "um insulto à história e às instituições de um país que ergueu sua arquitetura democrática e redescobriu a paz, a liberdade e o progresso".
Liliana Segre afirmou ao jornal La Repubblica que recebia ameaças enviadas pelas redes sociais. O primeiro-ministro do país, Giuseppe Conte, ainda disse que “convidará todas as forças políticas do Parlamento a buscar um acordo para introduzir regras contra a linguagem de ódio nas redes sociais”.
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