Local por onde os militantes palestinos conseguiram fugir - Divulgação/Youtube
Internacional

Seis militantes palestinos escaparam da prisão israelense de alta segurança

A fuga foi descoberta na madrugada da segunda-feira, 6.

Luíza Feniar Migliosi Publicado em 06/09/2021, às 12h07

As forças de segurança israelenses iniciaram uma operação de busca massiva no norte de Israel e na Cisjordânia ocupada depois que seis prisioneiros palestinos escaparam de uma das prisões mais seguras do país. Segundo o jornal The Guardian, eles utilizaram uma colher enferrujada em uma fuga da prisão sem precedentes.

Os cinco membros da Jihad Islâmica e um importante líder da Brigada dos Mártires de al-Aqsa do campo de refugiados de Jenin compartilharam uma cela na prisão de Gilboa e, supostamente, escavaram sua rota de fuga atrás de uma pia.

Omer Barlev, ministro da segurança pública de Israel, sugeriu que os homens já podem ter chegado à Cisjordânia, já que a fuga foi descoberta às 3h da manhã de segunda-feira, 6. “Houve um planejamento muito preciso, muito detalhado e, portanto, provavelmente houve ajuda externa. Estamos examinando no momento. Vamos pegar os fugitivos”, afirmou.

Embora os relatórios iniciais sugerissem que os homens haviam aberto túneis, Katy Perry, comissária do serviço penitenciário de Israel, disse que os fugitivos exploraram uma falha no projeto estrutural da prisão, expondo uma lacuna atrás de uma parede.

Imagens divulgadas depois do ocorrido mostraram uma abertura estreita em uma parede que havia sido cavada atrás de uma pia, permitindo que alcançassem o sistema de drenagem da prisão.

A prisão Gilboa, Israel | Crédito: Divulgação/Youtube

 

As autoridades disseram que ergueram bloqueios de estradas e estão conduzindo patrulhas na área, enquanto os outros 400 presos na prisão são removidos para evitar novas tentativas de fuga.

Alguns grupos militantes palestinos elogiaram a fuga. “Este é um grande ato heroico, que causará um forte choque no sistema de segurança israelense e constituirá um duro golpe para o exército e todo o sistema em Israel”, disse Daoud Shehab, porta-voz da Jihad Islâmica.

Fawzi Barhoum, porta-voz do Hamas, disse que a fuga mostrou “que a luta pela liberdade com o ocupante é contínua e estendida, dentro e fora das prisões para extrair esse direito”.

A prisão de Gilboa já foi o local de uma tentativa de fuga fracassada, em 2014, quando um túnel foi encontrado saindo de um banheiro, que, ao que parece, explorou os mesmos problemas estruturais usados ​​na última fuga.

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