O segundo homem mais rico do mundo, Bernard Arnault, comprou o vinhedo de Leonardo em dezembro do ano passado
Redação Publicado em 19/10/2023, às 17h24 - Atualizado em 23/10/2023, às 17h23
Nos últimos anos, inúmeras pessoas visitaram a belíssima “Vigna di Leonardo” (O Vinhedo de Leonardo, em português), residência localizada em Milão, que pertenceu ao artista Leonardo da Vinci. Agora, a propriedade foi fechada, sem previsão de reabertura, após adquirida por Bernard Arnault, um bilionário francês, considerado a segunda pessoa mais rica do mundo.
De acordo com a revista Forbes, o proprietário de múltiplas marcas de luxo possui uma fortuna de US$ 176,3 bilhões (cerca de R$ 888 bilhões, na cotação atual). Conforme repercutido pelo portal O Globo, desde dezembro de 2022, o local conhecido como a “Casa degli Atellani” passou a ser mais uma de suas propriedades.
Trata-se de duas construções datadas do século 15, com fileiras de videiras em seu quintal, que receberam visitas do público até o último dia 30 de setembro, quando foi interditado, segundo apurou a rede americana de notícias CNN.
Durante anos, a propriedade esteve sob a posse de uma família local, que recebeu as chaves do então governante de Milão, Ludovico ‘Il Moro’ Sforza, como uma forma de reconhecer sua lealdade.
Sforza doou o terreno localizado atrás das casas para Da Vinci, após seu trabalho na Igreja e Convento Santa Maria Delle Grazie, que abriga o afresco “A Última Ceia”, localizado do outro lado da rua da residência.
Em 1507, Da Vinci retoma posse do local, que havia sido brevemente tomado por franceses e determina em seu testamento que dois de seus funcionários receberiam o terreno após sua morte. O vinhedo, reencontrado em 1920, também sofreu com danos em sua estrutura em razão dos bombardeios da Segunda Guerra Mundial.
Ainda na década de 1940, a família de um dos grandes arquitetos de Milão, Piero Portaluppi, reformou a propriedade, que passou a oferecer visitas guiadas pelos afrescos renascentistas, além de passeios pela estrutura de madeira das paredes, jardim e vinhedo.
“Casa degli Atellani” estruturada em plena liberdade filológica, misturando habilmente cinco séculos de história, em torno de um longo eixo de perspectiva que, a partir dos curtos quatrocentos séculos, atravessa as salas renovadas e alcança, no fundo, um jardim secreto, os restos do que era a vinha de Leonardo da Vinci”, explica o perfil oficial do local em uma de suas postagens no Instagram.
Indivíduos e empresas vinculados à indústria do turismo em Milão, assim como os residentes, expressaram seu descontentamento em relação ao encerramento e à falta de clareza quanto ao destino da propriedade, reconhecida como um ícone cultural e uma das principais criações de Portaluppi.
Quando procurados por veículos locais, “fontes próximas à família” garantiram que o local será reaberto ao público de alguma maneira. O representante da LVMH, holding francesa de Arnault, não negou as afirmações das fontes anônimas.
Terá uma utilização essencialmente privada, como tem até agora, com uma parte dedicada a atividades culturais e ao público. A ideia é devolver a este edifício de importância histórica e artística o seu esplendor original.”, concluíram as fontes que não tiveram seus nomes divulgados.
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