Guardado há quase 40 anos no Museu Nacional de História Natural do Instituto Smithsonian, nos Estados Unidos, fóssil foi descrito e nomeado só recentemente
Éric Moreira Publicado em 25/03/2024, às 09h36
Recentemente, pesquisadores do Museu Nacional de História Natural do Instituto Smithsonian, nos Estados Unidos, descreveram e nomearam um fóssil de anfíbio de 270 milhões de anos. Ele estava guardado no local há mais de 40 anos sem um estudo mais aprofundado.
Curiosamente, o nome escolhido foi uma homenagem a, talvez, o sapo mais famoso da cultura pop: Caco, dos Muppets, originalmente chamado Kermit. Porém, a escolha não foi à toa: o Kermitops gratus também possui um focinho levemente afilado e "olhos esbugalhados". O estudo foi publicado na última quinta-feira, 21, na revista Zoological Journal of the Linnean Society.
Conforme descrito pela Folha de S. Paulo, em grego, "ops" significa "cara de", portanto "Kermitops" se refere à aparência do animal com o sapo dos Muppets. Já o epíteto "gratus", do latim "gratidão", seria uma homenagem e agradecimento ao trabalho de Nicholas Gotton III, paleontólogo já falecido da Smithsonian que descobriu o fóssil do anfíbio.
Vale explicar a razão para tanta demora na catalogação do animal: ele foi encontrado em meio a escavações para a formação Clear Fork, no Texas, realizadas em 1984. Porém, como uma grande quantidade de ossos foi encontrada no local, nem todo o material escavado pôde ser estudado na época.
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Esperamos sinceramente atingir um público maior ao nomear a espécie com homenagem ao sapo Kermit", afirma à Folha via e-mail Calvin So, doutorando na Universidade de George Washington e primeiro autor do artigo, sobre sua pretensão com a homenagem ao muppet.
Conforme descrito no estudo, o Kermitops é um representante primitivo da superclasse dos tetrápodes, anterior à Era dos Dinossauros (de 251 a 66 milhões de anos).
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Com um tamanho que não devia passar dos 15cm, pode ter sido um representante dos atuais anfíbios; porém, ainda está muito distante do clado que inclui os sapos e as salamandras atuais.
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