O diretor Roman Polanski - Getty Images
Roman Polanski

Roman Polanski não será mais acusado de estupro contra menor de idade após acordo

Diretor de cinema é considerado foragido dos Estados Unidos desde o final da década de 1970, quando admitiu abuso sexual de uma jovem de 13 anos

Fabio Previdelli Publicado em 23/10/2024, às 10h10

O diretor de cinema Roman Polanski, que era casado com Sharon Tate quando a atriz foi assassinada pela família Manson, não será mais julgado por suposta agressão sexual de uma menor de idade na década de 1970

Polanski, agora com 91 anos, era acusado de estupro contra uma jovem e 1973 e seria julgado em um tribunal civil em Los Angeles em agosto do ano que vem, mas ação foi encerrada após um acordo envolvendo as partes.

A acusação foi movida no ano passado e alegava que o diretor, na época, havia levado uma adolescente — identificada nos autos como Jane Doe — para jantar em um restaurante em Los Angeles.

Segundo reporta o The Guardian, o processo alega que Polanski ofereceu tequila para a jovem e, quando ela começou a se sentir tonta, ele teria levado a jovem para sua casa, onde a agrediu sexualmente. 

Ela disse a ele: 'Por favor, não faça isso'", relatou a advogada de acusação, Gloria Allred, em março deste ano, resgata o Guardian. Allred ainda apontou que a suposta agressão teria causado à vítima uma "tremenda dor e sofrimento físico e emocional".

No entanto, o caso foi "resolvido no verão para satisfação mútua das partes e agora foi formalmente encerrado", relatou o advogado de Polanski, Alexander Rufus-Isaacs, à Agence France-Presse na terça-feira, 22.

Polêmico Roman

Além do caso resolvido recentemente, Roman Polanski já possui envolvimento em outras acusações de abuso contra menores. O Guardian relembra, inclusive, que o diretor admitiu ter estuprado Samantha Geimer, que tinha 13 anos na década de 1970, em um acordo judicial firmando por ele em 1977 — para evitar um julgamento por acusações mais sérias.

Porém, Polanski fugiu para a França no ano seguinte, após cumprir 42 dias de prisão, quando parecia que um juiz estava reconsiderando sua libertação. Desde então, ele é considerado um fugitivo dos Estados Unidos. Posteriormente, Geimer chegou a defendê-lo e os dois chegaram a ser fotografados juntos no ano passado. 

Além dos casos citados, outras quatro mulheres apresentaram denúncias contra o diretor entre 2017 e 2019 por supostos abusos sexuais na década de 1970; sendo que três das vítimas eram menores de idade na década de 1970. 

A primeira é a artista Marianne Barnard, que disse que Polanski a agrediu sexualmente quando ela tinha 10 anos. A atriz britânica Charlotte Lewis acusou Roman, em 2010, de agredi-la sexualmente em 1983, quando ela tinha 16 anos. O diretor, porém, nega todas as acusações.

Leia também: Hollywood em chamas: o escândalo sexual do diretor Roman Polanski

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