Analisado por cientistas, o fóssil de 40 milhões de anos sugere que a região desértica, no passado, era coberta por água
Pamela Malva Publicado em 15/10/2020, às 17h02
Em meados de 2019, arqueólogos encontraram fósseis de um antigo parente dos peixes-boi no Egito. Datados do final do Eoceno, os Sirenia aparentemente nadavam em uma parcela de água que, hoje, transformou-se no Deserto Oriental do Egito.
Divulgado apenas nesta terça-feira, 13, durante a conferência anual da Society of Vertebrate Paleontology, o achado contou com vértebras, costelas e ossos dos membros do animal. Ainda que não seja o primeiro conjunto de ossos da espécie descoberto no Egito, o fóssil é o único datado do período do Eoceno.
Em vida há 40 milhões de anos, os Sirenia eram seres semiaquáticos. Com o tempo, contudo, tais mamíferos herbívoros tornaram-se animais exclusivamente aquáticos, segundo dados publicados pela Universidade de Michigan, em 2012.
De acordo com os cientistas, a descoberta do fóssil ainda sugere que o deserto egípcio, no passado, era um ambiente marinho levemente raso — o típico habitat dos Sirenia. Hoje, enquanto uma pequena população de seus descendentes vive no Mar Vermelho, fósseis da espécie já foram encontrados na Líbia, Madagascar e Somália.
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