Sistema de votação, contagem e prazos: fique por dentro das eleições presidenciais dos EUA e conheça as principais diferenças em comparação ao Brasil
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 04/11/2024, às 15h10
Nos Estados Unidos, as eleições presidenciais estão marcadas para a próxima terça-feira, 5 de novembro, e definirão se seu próximo presidente será o republicano Donald Trump ou a democrata Kamala Harris.
O candidato vencedor assumirá o cargo oficialmente em 20 de janeiro de 2025. Diferentemente do Brasil, onde os resultados são rapidamente apurados, nos EUA, o processo pode se estender por mais de uma semana.
Isso ocorre porque a contagem de votos é manual e pode demorar dias, especialmente em disputas muito acirradas. Para se ter uma ideia, em 2016, Trump foi declarado vencedor na manhã seguinte à eleição, mas em 2020 a vitória de Joe Biden só foi confirmada após mais de uma semana.
Para este ano, com Trump e Harris praticamente empatados nas pesquisas, espera-se um cenário semelhante, em que cada voto pode ser decisivo. A apuração completa é necessária antes de confirmar o vencedor.
A forma de votação, que inclui diferentes métodos como voto antecipado e cédulas enviadas pelo correio, também contribui para a demora na divulgação dos resultados, conforme repercute o portal Estado de Minas.
Nos Estados Unidos, os eleitores têm duas opções para votar: podem comparecer pessoalmente às urnas amanhã, no dia da eleição, ou optar pelo voto via correio, enviado dias ou até semanas antes.
Quanto maior o volume de votos por correspondência, mais tempo a apuração pode levar. Para tentar agilizar esse processo, alguns estados aprovaram mudanças legais que permitem a contagem antecipada desses votos, antes do próprio dia da eleição.
Outro fator que contribui para a demora é o sistema de votação indireta. Nos EUA, os eleitores não escolhem diretamente o presidente; em vez disso, votam em delegados que compõem o Colégio Eleitoral, o órgão que oficialmente elege o presidente.
O número de delegados que cada estado possui depende de sua população. Em quase todos os estados, o candidato que obtiver a maioria dos votos populares leva todos os votos dos delegados estaduais, um sistema conhecido como “o vencedor leva tudo”.
As exceções são Maine e Nebraska, que dividem os votos dos delegados com base no resultado por distrito.
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