PRF diz ter identificado casos de agentes suspeitos de ajudar caminhoneiros

Após caminhoneiros bloquearem as estradas como forma de protesto ao resultado das eleições presidenciais ocorridas no último final de semana, os diretores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) informaram que identificaram, através de vídeos, três casos em que alguns policiais aparecem aparentemente ajudando os golpistas nos bloqueios das regiões.

Wendel Benevides Matos, corregedor-geral da PRF, informou que os três casos em questão serão analisados.

Casos

Conforme repercutido no UOL, os casos registrados se deram em São Paulo, onde autoridades cortaram uma cerca para facilitar o acesso dos bolsonaristas e, em Santa Catarina, estado em que ocorreram dois incidentes não detalhados.

Durante entrevista coletiva na sede da PRF em Brasília, nesta terça-feira, 1º, Matos declarou: "Nenhuma ordem foi dada para que servidores deixassem de cumprir seu papel, e eles responderão a procedimentos para explicar o que aconteceu".

O corregedor-geral afirmou que "não vai haver nenhum tipo de omissão da PRF". Entretanto, ainda segundo a fonte citada anteriormente, os agentes que teriam ajudado os golpistas já foram identificados, mas seguem atuando na polícia.

Foram identificados, mas não foram afastadas. As chefias foram orientadas a identificar o que aconteceu e estão sendo orientados como proceder. Não há como afastar, precisamos do efetivo da força nesse momento", declarou Matos.

Interdição

Foi informado durante a coletiva que há 267 pontos paralisados nas estradas federais de todo o país. Os três estados mais afetados com as interdições são: Santa Catarina, em segundo Pará e em terceiro Mato Grosso. Depois do pronunciamento do STF na segunda-feira, 31, a PRF disse que já aplicou 182 multas administrativas contra os golpistas.