Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária - Reprodução/Wikimidea Commons
Rio de Janeiro

RJ: Prefeito oficializa data em homenagem às vítimas da Chacina da Candelária

Ocorrido em 1993 na cidade do Rio de Janeiro, o massacre que completou 30 anos em 2023 será lembrado anualmente no dia 23 de julho

Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 14/05/2024, às 15h05

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, sancionou uma lei que estabelece o dia 23 de julho como o Dia em Memória às Vítimas da Chacina da Candelária. A iniciativa partiu das vereadoras Teresa Bergher e Mônica Cunha, e a sanção foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira, 14.

A justificativa das parlamentares remete à trágica noite de 23 de julho de 1993, quando pouco antes da meia-noite, dois veículos com placas cobertas pararam em frente à Igreja da Candelária, no Centro da cidade, conforme repercutido pelo jornal O Globo.

Na ocasião, os ocupantes abriram fogo contra dezenas de pessoas, em sua maioria adolescentes, que estavam dormindo nas proximidades da igreja. O ataque resultou na morte de seis menores e dois adultos, além de deixar várias crianças e adolescentes feridos.

Motivo

A motivação por trás da chacina seria uma suposta vingança pelo apedrejamento de uma viatura policial pelos menores, ocorrido no dia anterior. Um guardador de carros atingido por quatro tiros sobreviveu e se tornou a única testemunha ocular do acontecimento, que ganhou notoriedade internacional como a "Chacina da Candelária".

À época do ocorrido, cerca de 72 crianças e jovens habitavam os arredores da Candelária. Ao longo das três décadas seguintes, muitos desses meninos desapareceram ou foram vítimas de violência fatal. 

Apesar das investigações e do julgamento que se estendeu por anos, apenas três policiais militares foram condenados, recebendo penas que totalizavam mais de 200 anos. Contudo, foram beneficiados por indultos e um ex-policial faleceu durante o processo judicial.

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