O desembargador Jorge Luiz de Borba - Divulgação / TJSC
Trabalho escravo

Polícia investiga caso suspeito de trabalho escravo envolvendo desembargador

Mulher que teria sido escravizada foi ouvida pelas autoridades; ela, que é surda e possui linguagem própria, necessitou de intérprete

Giovanna Gomes Publicado em 07/06/2023, às 10h21

Uma mulher que alega ter sido mantida em condição análoga à escravidão pelo desembargador Jorge Luiz Borba e sua esposa realizou depoimento ao Ministério Público do Trabalho na tarde da última terça-feira, 6, em Florianópolis. Ela, que é surda e utiliza uma forma de comunicação própria, contou com a ajuda de uma intérprete de Libras para se expressar.

O homem acusado disse, em nota, que o "aquilo que se cogita infundadamente como sendo 'suspeita de trabalho análogo à escravidão' na verdade, expressa um ato de amor. Haja vista que a pessoa, tida como vítima, foi na verdade acolhida pela minha família". A investigação do caso está a cargo do Ministério Público Federal (MPF).

Segundo informações do portal de notícias G1, a vítima teria sido mantida em regime análogo à escravidão por pelo menos 20 anos. Durante esse período, ela teve de realizar uma série de tarefas domésticas sem registro em carteira de trabalho e sem receber salário ou qualquer benefício trabalhista.

Depoimentos

Tanto o desembargador quanto sua defesa também prestaram depoimento. Além disso, foram ouvidas testemunhas, incluindo outras pessoas que trabalham na residência do desembargador Borba.

Os depoimentos foram realizados diante de representantes do Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal, Ministério do Trabalho e Emprego e Polícia Federal.

A operação de resgate da mulher está sendo acompanhada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, que atua há 28 anos. Esse órgão realiza ações e alimenta o Radar do Trabalho Escravo, da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, com dados de todo o país.

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