Edith Bruck construiu sua carreira literária na Itália, mas esteve em campos de concentração até 1945
Wallacy Ferrari Publicado em 21/04/2022, às 10h34
Edith Bruck, uma poeta naturalizada italiana que sobreviveu a crueldade dos campos de concentração nazistas em Auschwitz, usou da comparação para relacionar a atual guerra que a Rússia trava contra a Ucrânia com a crueldade que vivenciou durante a infância, como opinou a revista católica Famiglia Cristiana.
Ela enalteceu que o conflito é causado pelo homem e repete ”os mesmos erros do passado” ao agirem sem remorso em ataques contra civis e prédios residenciais. Em certo trecho da entrevista, ela relacionou as maldades com uma ocasião, em Auschwitz, em que viu soldados jogando futebol com a cabeça de um garoto, demonstrando crueldade.
Ver isso na minha tenra idade de 90 anos é uma coisa desoladora. Aquilo que acontece na Ucrânia é mais que uma guerra, é uma barbárie. Assistimos à invasão dos bárbaros, que assassinam todos que passam sem se preocupar com a violência contra mulheres, crianças e idosos", disse Bruck.
Edith nasceu em 3 de maio de 1932 com o sobrenome Steinschreiber, em um vilarejo húngaro e membro de uma família judaica, sendo a mais nova de seis irmãos. Durante a dominação nazista em seu país-natal, foi deportada junto de familiares para um campo de extermínio em 1944.
Conseguiu ser libertada com a irmã no ano seguinte, em decorrência do fim da Segunda Guerra Mundial, como informa o portal Terra. Ao sair de lá, passou oito anos em Israel antes de chegar em Roma, onde construiu sua carreira literária.
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