De acordo com análise dos arqueólogos, as escrituras podem ser evidências de um dos primeiros Estados territoriais do mundo
Wallacy Ferrari Publicado em 06/12/2020, às 07h00 - Atualizado em 07/12/2020, às 12h44
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Bonn localizou quatro impressionantes escrituras entalhadas há cerca de 5 mil anos no Sudão. Os hieróglifos foram analisados por historiadores, que intitularam a obra como "Domínio de Horus Rei Escorpião", contendo um símbolo circular de demarcação territorial de um líder político.
O estudo, noticiado pelo jornal britânico Daily Mail, relata que a área era incomum para a construção de comunidades em aproximadamente 4000 a.C., podendo ser uma prova da migração e colonização nas regiões ao redor do rio Nilo.
Decifrando os códigos, os arqueólogos concluíram que a movimentação teve o rei Escorpião como articulador, por volta do ano 3070 a.C. — sem maiores informações sobre período de reinado e ações governamentais. Com a pedra, é possível analisar o domínio do governante como uma das primeiras evidências históricas sobre o surgimento de um Estado territorial.
Ludwig Morenz é pesquisador da Universidade de Bonn e foi um dos autores da análise, explicando o sinal de demarcação de um governante: "É precisamente por isso que a nova descoberta da inscrição na rocha é tão valiosa. [...] Apesar de sua concisão, a inscrição abre uma janela para o mundo do surgimento do Estado egípcio e da cultura associada a ele", concluiu.
Sobre arqueologia
Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história.
Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.
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