Momento da explosão em Beirute, capital do Líbano - Divulgação/YouTube/UOL
Líbano

Passando por crise humanitária, Líbano tem colapso de hospitais após explosões

Além do maior hospital da cidade ter sido atingido, outros prontos-socorros chegaram a rejeitar pacientes por falta de leitos

Fabio Previdelli Publicado em 05/08/2020, às 09h40

O Líbano ainda enfrenta dificuldades para lidar com as consequências das grandes explosões que atingiram a região portuária de sua capital Beirute na última terça-feira, 04. Segundo a Cruz Vermelha Libanesa, até o momento o número de feridos passa dos 4.000 e o de mortos já atingiu a casa das centenas.

Como se isso não bastasse, o país passa por uma grave crise humanitária e ainda enfrenta a pandemia do novo coronavírus. Apesar do Líbano conseguir um sucesso relativo no combate da epidemia, afinal, desde que o primeiro caso foi registrado em fevereiro, por lá o número de infectados chega a 5.062, além de 65 mortes confirmadas.

Porém isso não impediu que uma grave crise econômica afetasse o país e, como consequência, há o risco de que a enorme demanda por leitos hospitalares não seja atendida. Segundo informou o UOL, alguns prontos-socorros chegaram a rejeitar pacientes.

O hospital St. George, o maior da cidade, por exemplo, teve suas janelas destruídas com as explosões e seu telhado está em pedaços. Com isso, alguns pacientes desta unidade se feriram e muitos pais tiveram que retirar seus filhos às pressas do local, onde elas eram tratadas de câncer.

Assim, muitas vítimas da explosão tiveram que ser levadas para atendimento fora da cidade, já que os hospitais em Beirute já estão lotados de feridos. “Um dos problemas com a explosão é que os hospitais libaneses já estão sobrecarregados. Tivemos um episódio simbólico depois da tragédia, que foi o prefeito de Beirute chorando ao vivo na televisão, comparando o ocorrido à bomba de Hiroshima”, informou Maurício Santoro, professor do Departamento de Relações Internacionais da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), ao UOL.

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