Imagem meramente ilustrativa de rinoceronte branco - Divulgação/ Pixabay/ TeeFarm
Ciência

Para salvar a espécie, cientistas criam 12 embriões de rinocerontes brancos

Hoje em dia, existem apenas duas fêmeas do tipo no mundo, sendo que nenhuma delas pode engravidar devido a condições prévias

Pamela Malva Publicado em 03/08/2021, às 16h00

Na última sexta-feira, 30, cientistas da BioRescue revelaram os resultados de dois anos de estudos. Segundo o UOL, trata-se da criação de 12 embriões de rinoceronte branco do norte, cujo objetivo é salvar a subespécie africana, que está em perigo de extinção.

Em nota, a equipe de estudiosos afirmou que os resultados só foram alcançados através dos gametas de vários machos preservados antes do desaparecimento dos indivíduos. Nesse sentido, depois que o último macho faleceu em 2018, restaram apenas duas fêmeas da espécie, ambas protegidas pela reserva queniana Ol Pejeta.

Nos últimos dois anos, então, as equipes da BioRescue conseguiram coletar um total de 80 ovócitos de dois machos já mortos. Em seguida, combinando as amostras com gametas femininos, os cientistas criaram 12 embriões de rinocerontes brancos.

O desafio agora é encontrar fêmeas disponíveis para a fecundação dos embriões, já que Najin e sua filha, Fatu, as duas únicas sobreviventes da espécie, não podem ter filhotes. Enquanto a mais velha tem lesões degenerativas no útero, segundo o UOL, a menor sofre de problemas motores nas patas traseiras que impedem uma eventual gravidez.

Estamos fazendo coisas inéditas do ponto de vista científico, experimentando geneticamente com os últimos rinocerontes brancos do norte do planeta — muita coisa pode dar errado", explicou um dos cientistas, Richard Vigne.

Dessa forma, as expectativas dos estudiosos estão em um procedimento curioso: implantar os embriões em fêmeas de rinocerontes brancos do sul, uma subespécie diferente, previamente selecioandas. "Ninguém espera que vá ser fácil, mas acho que há uma boa chance de sucesso", narrou Vigne, diretor da reserva Ol Pejeta.

Antigos habitantes das regiões do Sudão do Sul e de Uganda, os rinocerontes brancos do norte tinham poucos predadores naturais. Foram foram as supostas características medicinais de seus chifres, no entanto, que causaram sua extinção quase completa.

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