Menos de um mês após polêmica fala homofóbica do papa Francisco, pontífice volta a fazer afirmações homofóbicas em reunião privada
Éric Moreira Publicado em 12/06/2024, às 09h05
Nesta última terça-feira, 11, o papa Francisco voltou a ser mencionado pela mídia italiana depois de, mais uma vez, usar uma expressão depreciativa ao se referir à comunidade LGBTQIAP+. A fala foi divulgada ANSA, agência de notícias italiana, e ocorreu em uma reunião a portas fechadas com bispos romanos.
No caso, desta vez, o pontífice alegou que existe um "ar de bichice no Vaticano". Ele utilizou a palavra "frociaggine", um termo pejorativo italiano que pode ser compreendido por brasileiros como "bichice" ou "viadagem", conforme repercute o g1.
A afirmação foi feita durante uma reunião com bispos romanos e, segundo a reportagem original, o papa teria voltado a defender que jovens abertamente homossexuais não deveriam ser permitidos em seminários. Isso é o que ele já havia defendido anteriormente, em outra fala homofóbica que repercutiu há menos de um mês.
Após essa fala recente repercutir, o Vaticano emitiu, ainda nesta terça-feira, 11, um comunicado atestando que o papa Francisco reitera a necessidade de receber homossexuais na igreja, mas que sua cautela é exclusiva àqueles que pretendem se tornar seminaristas.
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Anteriormente, no fim de maio, Francisco também usou o termo "frociaggine" para dizer que havia um "excesso de bichas" em alguns seminários. Após a fala, que ocorreu em uma reunião a portas fechadas, o Vaticano emitiu um pedido de desculpas em nome do pontífice, afirmando que ele nunca pretendeu ofender ou se expressar com termos homofóbicos.
Vale mencionar que, em 11 anos como papa, Francisco já se mostrou várias vezes como revolucionário na Igreja Católica sendo aberto à comunidade LGBTQIAP+, afirmando que não há razão para julgar homossexuais que busquem deus. Além disso, no ano passado ele também permitiu que casais do mesmo sexo, mesmo que não pudessem se casar, pudessem ser abençoados na igreja.
Por essas controvérsias, observadores do Vaticano acreditam que a autoridade do papa pode ser prejudicada. Agora, são levantadas questões sobre convicções e o caminho das reformas de Francisco para a Igreja Católica.
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