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Pandemia levou 100 milhões de crianças à pobreza, diz Unicef

De acordo com recente pesquisa do órgão, pode levar por volta de uma década para recuperar as condições em que viviam os pequenos no mundo pré-pandemia

Ingredi Brunato, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 09/12/2021, às 18h00

Nesta quinta-feira, 9, a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) publicou um levantamento preocupante a respeito da queda da qualidade de vida de crianças ao redor do mundo como consequência da pandemia de covid-19. 

Um adicional de 100 milhões de menores de idade, por exemplo, teriam entrado na pobreza apenas durante esse período. A falta de acesso à educação também foi um problema que cresceu, assim como o trabalho infantil.

"A pandemia de covid-19 representa a maior ameaça para a infância em nossos 75 anos de história. Enquanto o número de crianças famintas, fora da escola, abusadas, vivendo na pobreza ou forçadas ao casamento está aumentando, o número de crianças com acesso a cuidados de saúde, vacinas, alimentação suficiente e serviços essenciais está diminuindo", apontou Henrietta Fore, a diretora da Unicef, conforme divulgado pela AFP. 

Uma das informações preocupantes é que quase 426 milhões de crianças — isto é, quase 1 a cada 5 — atualmente vivem em uma zona de conflito, o que as torna mais vulneráveis a não terem suas necessidades básicas atendidas e ainda serem vítimas de violência.  

Além disso, quase um bilhão de menores de idade, o que corresponde a metade dos que habitam o planeta, moram em países em que as mudanças climáticas irão gerar efeitos devastadores em breve.

O relatório ainda descreve retrocessos em diversas áreas, chegando a prever que estejamos entrando em uma "década perdida". Nesse sentido, o melhor cenário apontado pela pesquisa sugere que iremos demorar entre 7 e 8 anos para recuperar os danos causados pelos impactos do coronavírus no planeta. 

Para que essa meta seja alcançada, a Unicef recomenda o investimento em serviços de assistência e proteção social, a criação de táticas para enfrentar a fome, o reforço do sistema de educação e os esforços para acabar com a pandemia do coronavírus o mais rápido possível, além de outras medidas. 

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