Os seis palestinos fizeram parte de uma fuga de prisão feita através de um túnel cavado com colheres
Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 07/12/2021, às 18h00
Na madrugada do dia 06 de setembro, foi descoberto que seis prisioneiros palestinos fugiram da Prisão Gilboa, chamada de ‘O Cofre’ devido a sua segurança máxima, utilizando um túnel cavado com colheres e barras de ferro. Depois de mais de um mês do acontecimento, os indivíduos estarão passando por julgamento esta semana.
Entretanto, por baixo da simples captura e provável sentença destes homens palestinos escondem-se diversas tensões internacionais e esperanças da Palestina como nação soberana. Os seis foram tratados pela população palestina como mártires e era esperado que se salvassem da captura novamente.
Enquanto isto, a nação israelense investiu tropas e recursos de investigação na procura pelos fugitivos, especialmente por considerar a falha de um dos sistemas de segurança mais fortes do país como uma vergonha para si mesmos, como disse Avi Vaknin, um antigo guarda na Prisão Gilboa, à emissora britânica BBC.
Qualquer fuga que ocorre é resultado de uma falta de estar alerta, é um sinal de negligência e falha. Eu conheço a prisão de Gilboa, conheço-a de perto, eu fiquei chocado pela fuga. Os prisioneiros de segurança são terroristas que cometeram diversos crimes contra a segurança do Estado [de Israel]", expressou.
Dentre os seis fugitivos, 5 supostamente faziam parte do Movimento da Jihad Islâmica, no entanto, muitos dos prisioneiros em Gilboa são condenados sem um julgamento próprio. O mesmo aconteceu com diversos familiares destes palestinos, que durante a investigação da fuga foram presos pelo Estado israelense.
O significado destas prisões e, em especial, destes homens fugitivos é grande para a população palestina quando relacionada ao conflito armado entre os dois países, como afirmou Ahmed Tobasi, amigo de Zakaria Zubeidi, um dos palestinos presos.
Quando você cresce nos acampamentos, onde o exército invade toda noite, todo dia, você vê eles destruindo sua casa, matando seus vizinhos, machucando sua família e você não controla nada na sua vida, estes mártires são criados", apontou.
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