Ex-parceiro de Pablo Escobar, Carlos Lehder, acabou preso e deportado aos Estados Unidos, onde foi condenado à prisão perpétua
Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 27/05/2024, às 16h49
Carlos Lehder, narcotraficante colombiano e ex-aliado de Pablo Escobar, que entrou para os livros de História, relembra os tempos de crime na obra "Vida e morte do Cartel de Medellín".
Após roubo de carros em Nova York, nos Estados Unidos, Lehder foi preso. Assim se iniciou mais um ponto crítico de sua trajetória. Ele conheceu um detento com quem iniciaria um negócio no tráfico de drogas após ser liberto e deportado para a Colômbia.
Enviando aviões carregados de cocaína para a Flórida, EUA, acumulou uma fortuna. Para seguir com o comércio ilegal, abriu uma empresa de importação de carros da Europa. Tudo mudou quando vendeu um veículo para Pablo Escobar. Era o início de uma parceria.
Admirador de Hitler, Lehder fundou um partido neonazista com o intuito de resistir ao crescente risco de deportação para os Estados Unidos, conseguindo ser eleito três vezes para o Congresso colombiano.
Entretanto, novos obstáculos surgiram quando os líderes do narcotráfico passaram a ser raptados por grupos guerrilheiros na Colômbia. A relação entre Lehder e Escobar começou a deteriorar-se: ele reprovava o excesso de violência promovido por Escobar, como revelado à revista "Der Spiegel".
Revivendo suas memórias, Lehder mostra aos leitores quem o entregou às autoridades de Medellín: Escobar.
"Entre os documentos que a Procuradoria-Geral da República entregou aos meus advogados antes do início do meu julgamento, um documento foi incluído por engano", disse ele sobre seu julgamento após ser deportado para os EUA. "Embora várias linhas do texto estivessem riscadas com marcador preto, foi possível perceber que Pablo Escobar foi quem me entregou à polícia de Medellín".
Capturado, Lehder foi levado para a Flórida e acabou condenado por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, recebendo uma sentença de prisão perpétua sem direito à liberdade condicional em 1998.
Três anos depois, sua pena foi reduzida, pois, se tornou a principal testemunha contra Manuel Noriega, que ajudou o cartel de Medellín a levar cocaína para os EUA.
Hoje em dia, Lehder vive em Frankfurt, Alemanha, perto de sua filha, Mónica. Ele se considera "um cidadão contrito e reabilitado que segue a lei" e, segundo o 'Extra', não tem mais admiração por Adolf Hitler.
"Minha ideia estava equivocada. Quando jovem na Colômbia, eu não era particularmente culto. Hoje, eu sei melhor."
*Sob supervisão;
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