Olimpíadas 2024: Entenda as referências históricas da cerimônia de abertura

A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris, nesta sexta-feira, 26, contou com diversas referências históricas. De 'roubo' da Mona Lisa a cabeça decapitada de Maria Antonieta, o evento tem gerado comoção nas redes sociais. 

Roubo da Mona Lisa

A abertura contou com a participação especial dos Minions, da franquia "Meu Malvado Favorito", que "cometeram um crime" durante o evento.

Em um breve curta-metragem integrado à cerimônia, os personagens roubaram a "Mona Lisa", quadro de Leonardo da Vinci exposto no Museu do Louvre, em Paris, assim  justificando a menção na cerimônia.

Durante a abertura, a obra de arte "desapareceu" do local. Assim, a animação mostra os Minions roubando a pintura e tentando escapar do evento com um submarino.

Eles são vistos sob o Rio Sena, em clima de Olimpíadas, vestidos com roupas e praticando esportes da competição. No final, os Minions se atrapalham e quebram o submarino, fazendo com que a Mona Lisa acabe boiando no cartão-postal de Paris.

Massacre dos argelinos

No evento de abertura, a delegação da Argélia jogou flores no Rio Sena. A homenagem fez referência ao massacre de argelinos, em Paris, na década de 1960. Na época, pessoas foram assassinadas e chegaram a ser arremessadas no rio. 

Os argelinos protestavam em favor da independência, após quase sete anos de conflito pela libertação do domínio francês no Norte da África. Inúmeros manifestantes foram deportados na ilegalidade para a Argélia e deixados em campos de concentração, segundo a BBC.

O episódio só terminou após o fim da guerra e a independência, ocorrida em julho de 1962, e ficou conhecido extraoficialmente como "ratonnade", ou seja "caça aos ratos".

Maria Antonieta decapitada

A banda francesa de heavy metal ‘Gojira’ se apresentou na cerimônia de abertura. Durante sua apresentação, mulheres sem cabeça vestidas de vermelho, representando a Maria Antonieta, participaram do ato.

Esposa do Rei Luís XVI, Maria Antonieta foi a última rainha consorte da França antes da Revolução Francesa, em 1789. Sua vida na corte de Versalhes foi marcada pela extravagância, o que gerou grande descontentamento entre o povo francês, que sofria com a pobreza e a fome.

Após a execução de Luís XVI em janeiro de 1793, Maria Antonieta foi mantida prisioneira e submetida a um julgamento pela Convenção Nacional. Ela foi acusada de vários crimes, incluindo conspiração contra a segurança do Estado e traição.

Em 16 de outubro de 1793, foi condenada à morte e guilhotinada na Praça da Revolução (hoje Praça da Concórdia) em Paris. Sua morte tornou-se um símbolo contra os ideais da monarquia francesa.