Mais de 130 ruínas de portas ocultas foram encontradas por especialistas
Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 18/01/2023, às 18h22 - Atualizado em 19/01/2023, às 11h09
A Grande Muralha da China é um dos maiores fenômenos arquitetônicos da história. Construída entre os séculos 3 a.C. e 17 d.C., ela ainda continua surpreendendo e revelando novos segredos. Dessa vez, pesquisadores descobriram mais de 130 ruínas de portas ocultas, que funcionavam como passagens secretas e apontam para práticas militares e pecuárias antigas.
A curiosa descoberta foi divulgada pela equipe de pesquisa à agência de notícias chinesa Xinhua. Zhang Yukun, um dos pesquisadores do grupo, diz que essas novas descobertas são evidências de que a Muralha não está completamente fechada. O cientista, que também é professor da Universidade de Tianjin, contou que algumas portas secretas eram tão grandes que permitiam a passagem de cavalos em ambas as direções.
De acordo com informações da revista Galileu, o estudo mostra que essas passagens secretas foram construídas de maneira que fossem altamente compatíveis com a topografia local.
Documentos que sobreviveram da Dinastia Ming (1368-1644) indicam que tribos nômades eram autorizadas a usar portas ocultas para passagem de gado na região noroeste da China, que, à época, tinha ótima oferta de pasto e água.
As passagens também podiam servir fins militares. Em algumas portas, o lado voltado para os soldados da defesa era oco, enquanto o lado voltado para o inimigo era camuflado com tijolos. Então, quando a passagem principal fosse atacada, os soldados chineses poderiam quebrar o portão disfarçado e realizar um ataque surpresa.
Algumas dessas portas ocultas também podiam ter fins comerciais, enquanto outras podiam ser canais de comunicação entre o interior e o exterior da Muralha. Se engana quem acha que, de interessante, a Grande Muralha da China só tem o tamanho.
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