Muitos judeus abandonaram o país na época de Hitler para escapar do ódio e da violência nazistas
Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 25/03/2021, às 15h09
O governo alemão aprovou uma lei que facilita o concedimento da cidadania para descendentes de judeus que fugiram do país na época que estava tomado pelos nazistas. A informação foi repercutida pelo jornal Expresso na última quarta-feira, 24.
Vale dizer que já era possível que essas pessoas fossem renaturalizadas desde 2019, quando foi instalado um decreto a esse respeito, todavia, certas falhas no sistema legal da Alemanha faziam com que os pedidos de cidadania fossem frequentemente recusados. A nova lei corrige esse obstáculo.
“Não se trata apenas de pôr as coisas no lugar certo, mas de pedir desculpa por uma profunda vergonha. É um grande privilégio para o nosso país haver pessoas que querem se tornar alemãs, apesar de termos tirado tudo dos seus ancestrais", comentou Horst Seehofer, o ministro alemão dos assuntos interiores, ainda de acordo com o Expresso.
"É um gesto de decência permitir que as vítimas e seus descendentes possam reivindicar a cidadania alemã pelas vias legais”, declarou também o Conselho Central de Judeus da Alemanha, como foi divulgado na mesma matéria.
Arbeit machr frei ("O trabalho liberta", em português). Era essa a inscrição na entrada do maior campo de concentração nazista. Erguido em 1940 nos subúrbios da cidade de Oswiecim, na Polônia, ele tinha três partes: Auschwitz I, a mais antiga; Auschwitz II-Birkenau, que reunia o aparato de extermínio; e Auschwitz III-Buna, com cerca de 40 subcampos de trabalho forçado.
As primeiras vítimas do nazismo foram poloneses, seguidos de soviéticos, ciganos e prisioneiros de guerra. Em 1942, o campo voltou-se para a destruição em massa dos judeus. Os presos eram obrigados a usar insígnias nos uniformes conforme a categoria – motivo político era um triângulo vermelho; homossexual, um rosa. Muitos foram usados em experimentos médicos.
Fornos de Hitler
Entre as muitas vítimas estava Olga Lengyel. Uma judia que vivia com o marido e os filhos na cidade de Cluj, capital da Transilvânia. Ao ouvirem relatos sobre as atrocidades cometidas pelos nazistas em terras ocupadas, não acreditaram que isso poderia se tornar um pesadelo real.
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