Mutaz Essa Barshim, do Catar, e Gianmarco Tamberi, da Itália, dividem medalha de ouro - Getty Images
Esportes

No salto em altura, atletas dividem primeiro lugar: 'Podemos ter dois ouros?'

O italiano Gianmarco Tamberi e Mutaz Essa Barshim, do Catar, empataram e fizeram história, o que aconteceu pela primeira vez após 113 anos no atletismo

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 02/08/2021, às 10h46

Durante a prova de salto em altura, que aconteceu no último domingo, 1°, nas Olimpíadas de Tóquio, os atletas Mutaz Essa Barshim, do Catar, e Gianmarco Tamberi, da Itália, levaram o ouro para casa. Isso porque, após 113 anos, os dois empataram e decidiram dividir o primeiro lugar.

Ambos alcançaram a altura de 2.37 metros em seus saltos, que não tiveram nenhum erro. Ainda assim, eles tentaram pular mais alto, com uma meta de 2,39 metros, o que nenhum dos dois conseguiu fazer após três erros de cada um nessa tentativa.

Foi assim que a organização do evento propôs uma medida que não era vista no atletismo desde as Olimpíadas de Estocolmo, em 1912. Os dois entraram em consenso ao decidir que poderiam dividir o primeiro lugar.

Há 113 anos, o estadunidense Jim Thorpe e o norueguês Ferdinand Bie ficaram em primeiro no pentatlo e compartilharam o ouro, feito que foi realizado novamente na prova de domingo. 

Para decidirem o campeão, Barshim e Tamberi conversaram com o mediador da prova. "Podemos ter dois ouros?", perguntou o catariano rapidamente.

"Eu olhei para ele, ele olhou para mim, e a gente entendeu. Apenas trocamos olhares e entendemos, é isso, está feito. Não tem necessidade [de continuar]", disse Barshim mais tarde, conforme relatou a CNN Brasil.

"Ele é um dos meus melhores amigos, não só na prova, mas fora da competição também. Trabalhamos juntos. É um sonho virando realidade. Esse é o espírito, o espírito esportivo, e a gente está aqui para passar essa mensagem", continuou.

O italiano também havia passado por uma lesão que o impediu de participar das Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016. "Depois das minhas lesões eu só queria voltar, mas agora eu tenho uma medalha de ouro. É inacreditável. Eu sonhei com isso muitas vezes. Me disseram em 2016, antes do Rio, que eu tinha um risco de não poder competir mais. Foi uma longa jornada", afirmou. 

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