Movimento antimonárquico cresce após morte de Elizabeth II?

Monarca mais longeva da história do Reino Unido, Elizabeth II também era uma figura extremamente popular no país. Segundo repercutido pela equipe do site do Aventuras na História, 75% dos britânicos tinham uma opinião positiva sobre ela. 

Mas com a morte de Sua Majestade Real na última quinta-feira, 8, aos 96 anos, a Família Real passa por um momento de incertezas, afinal, Charles III nunca fora tão bem quisto quanto a mãe, principalmente após seu relacionamento conturbado com Lady Di. 

Desta forma, o novo rei terá uma difícil missão: fazer com que a monarquia britânica ainda exista. "A rainha é a monarquia para a maioria das pessoas. Depois da sua morte, o futuro da instituição está em sério risco", declarou o executivo-chefe do grupo de campanha Republic, Graham Smith, no início deste ano, conforme relembrou a Reuters. 

Charles pode herdar o trono, mas não herdará a deferência e o respeito concedidos à rainha”, prosseguiu. 

O movimento antimonarquista

A opinião de Smith vai de encontro com a crescente do movimento antimonarquista no Reino Unido, onde muitos não acreditam que o sistema tenha mais espaço em uma democracia atual.

Ainda de acordo com a Reuters, autoridades do país apontam que a Família Real britânica custa apenas 1 libra (R$6) por ano para cada cidadão inglês, mas a Republic aponta que esse valor é muito mais elevado: 350 milhões de libras (R$ 2 bilhões).

Apesar disso, levantamentos recentes dão conta que a maioria dos britânicos apoia a monarquia, mas muito disso era impulsionado pela figura de Sua Majestade Real; o que fazia com que republicanos aceitassem que, enquanto ela estivesse viva, a mudança do sistema no país estaria longe de acontecer. 

Com a morte da monarca, porém, uma perspectiva favorável a manutenção se torna incerta, já que o apoio popular, segundo pesquisas, seria muito maior se o trono pertencesse ao príncipe William do que propriamente ao seu pai.