Abdul Qadeer Khan faleceu aos 85 anos, após ser hospitalizado com problemas pulmonares
Paola Orlovas, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 11/10/2021, às 13h24
Abdul Qadeer Khan, cientista que fez com que seu país — Paquistão — se tornasse a primeira potência nuclear islâmica, faleceu no domingo, 10, após testar positivo para covid-19. Ele foi hospitalizado diversas vezes desde agosto.
O paquistanês morreu após complicações pulmonares e foi homenageado por várias celebridades de seu país natal; além de ter tido direito a um enterro em menos de 24 horas (como é tradição entre islâmicos) na mesquita Faisal de Islamabad, com a presença de líderes militares e membros do governo.
Khan estudou Ciências na Universidade de Karachi até 1960, e concluiu seus estudos em países como Bélgica, Alemanha e Holanda. Quando voltou para o Paquistão, implementou o enriquecimento de urânio no programa nuclear do país, com tecnologia que teria roubado de uma empresa em que trabalhava nos Países Baixos, mas que fez com que ele se tornasse diretor de um programa nacional.
Em 1984, Abdul disse, em entrevista, segundo a AFP, que o Paquistão já estava pronto para detonar uma bomba atômica. Anos mais tarde, em 1998, a nação executou seus primeiros testes atômicos: travando uma disputa com seu país inimigo e vizinho, a Índia, que também buscava criar uma bomba.
O cientista foi colocado sob prisão domiciliar em 2004, quando foi acusado de ter distribuído tecnologia ilegalmente para Coréia do Norte, Irã e Líbia na década de 1990. Mas, nem esse acontecimento, nem os outros, fizeram com que sua reputação entre os paquistaneses fosse abalada.
Abdul Qadeer Khan faleceu sendo enxergado como figura essencial e importante para o programa nuclear e para a ciência do país, com vários estabelecimentos, como faculdades, universidades e hospitais levando seu nome.
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