Representação artística de uma estrela magnética - Wikimedia Commons
Astronomia

Mistura de radiação vinda de estrela morta pode ajudar a desvendar enigma

Em anos de mistério, um grupo de cientistas analisa as origens das Explosões de Rádio

Ingredi Brunato Publicado em 04/08/2020, às 14h15

Pesquisadores de uma equipe internacional descobriram rajadas rápidas de rádio (FRBs, na sigla em inglês) vindas de um ponto no espaço a 14.000 de anos-luz da Terra,  portanto, dentro da Via Láctea. Todas as outras FRBs já descobertas vinham de outras galáxias.

Esses pulsos de rádio misteriosos que duram por apenas alguns milissegundos antes de desaparecerem no espaço surpreendem cientistas desde que foram detectados pela primeira vez em 2007. Apesar de chegarem como sinais fracos na Terra, carregam uma grande quantidade de energia, indicativa de uma fonte poderosa. 

Representação artística de uma rajada rápida de rádio chegando na Terra. Crédito/European Southern Observatory 

 

Além da proximidade inédita do sinal detectado, o estudo é o primeiro a descobrir a origem de um desses sinais de rádio. A responsável por ele seria uma estrela magnética - ou magnetar - chamada SGR 1935+2154. 

Magnetares são estrelas "mortas", detentoras de um campo magnético extremamente poderoso que é gerado justamente no momento de seu colapso. Embora cientistas já tivessem teorizado antes sobre sua ligação com as rajadas rápidas de rádio, com a contribuição desse novo estudo a pesquisa a respeito pode ser levada a outro patamar. 

“De fato é uma grande descoberta, e ajuda a trazer para a luz a origem desse fenômeno misterioso”, comentou o astrofísico Dr. Sandro Mereghetti do Instituto Nacional dos Astrofísicos na Itália.

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