O local será mapeado em 3D para que um tour virtual pelo local seja criado
Fabio Previdelli Publicado em 06/11/2019, às 11h20
Arqueólogos encontraram centenas de símbolos de proteção contra bruxas que foram entalhados nas paredes de uma caverna de 60 mil anos, que fica localizada no desfiladeiro de Creswell Crags, no Reino Unido — lugar explorado por seres humanos durante a Idade do Gelo e o período medieval.
A expedição ocorreu em fevereiro, mas só agora os pesquisadores fizeram uma parceria com membros da Universidade Sheffield Hallam, em South Yorkshire, Inglaterra, para que as marcas possam ser mapeadas em 3D, o que permite que, posteriormente, uma tour virtual seja criada para todos aqueles que tiverem interesse em vê-las — já que a maior câmara é inacessível ao público.
De início, os profissionais pensaram que as marcas se tratavam de grafites modernos, mas pesquisas posteriores revelaram o real significado das marcações. É possível ver referências à Virgem Maria nas inscrições PM (Paz de Maria) e nas gravuras duplas da letra ‘V’ (Virgem das Virgens). Outras são desenhos semelhantes a caixas, labirintos e linhas diagonais e são pensados para representar dispositivos para capturar o mal.
Os pesquisadores acreditam que elas foram feitas entre os séculos 16 e 19, provavelmente por gerações de pessoas que passaram por ali e aumentaram a quantidade de marcas ao longo dos anos.
No entanto, não se tem certeza sobre o que realmente motivou os nativos a fazerem tantas marcas nas câmaras da Creswell Crags. É possível que as gravações tenham sido feitas em quebra de safra ou em períodos de surto de doenças. Na qual, as pessoas podem ter visto as cavernas como uma passagem para espíritos malignos alcançarem a superfície.
“Talvez nunca saibamos do que os fabricantes dessas marcas estavam buscando proteção ou o medo que experimentaram, mas as marcas são extremamente numerosas e a concentração nesta câmara sugere que isso foi um fator significativo”, declarou Paul Baker, diretor do Creswell Crags Museum.
A Creswell Crags tem a maior coleção de marcas de bruxas no Reino Unido. Porém, o número de registros poderia ser bem maior, mas escavações no século 19 para o ampliar as câmaras do local fizeram com que algumas superfícies com marcas fossem destruídas.
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