Pensando em encaminhar conflito a uma resolução, Lula pode se tornar mediador de acordo entre países
Éric Moreira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 04/01/2023, às 11h16
No último domingo, 1º de dezembro, ocorreu a posse oficial de Lula ao cargo presidencial no Brasil, em cerimônia realizada em Brasília. Desde o evento, em que diversos líderes mundiais compareceram, tanto para parabenizar o novo presidente, quanto para iniciar possíveis acordos, o petista já indicou alguns planos para o novo governo, além de algumas viagens próximas ao exterior.
Entre os encontros privados, em conversas com diversos jornalistas e representantes de líderes mundiais, Lula sinalizou que deve ter como um de seus primeiros objetivos internacionais realizar uma viagem aos Estados Unidos para se reunir com o presidente Joe Biden. E além dele, o líder brasileiro também indicou que pretende, por telefone, manter conversa com o presidente russo, Vladimir Putin.
A escolha para próximas conversas do brasileiro não é à toa: os Estados Unidos e a Rússia possuem, atualmente, papel muito importante na chamada Guerra da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa ao território ucraniano, que é apoiado por Biden. O conflito foi citado em diversos reuniões entre Lula e diferentes delegações estrangeiras, como explicitado pelo colunista Jamil Chade em texto à UOL.
Um dos líderes mundiais que conversou com Lula sobre a crise internacional foi o presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, vencedor do prêmio Nobel da Paz em 1996, que participou presencialmente da posse do petista. Após o encontro, Ramos-Horta relatou ao UOL que sugeriu ao brasileiro uma colaboração com líderes da Turquia, Índia, Indonésia, África do Sul e China, a fim de se estabelecer um grupo que pudesse mediar uma solução para o conflito.
Para o presidente timorense, americanos e europeus não podem cumprir com o papel sugerido, visto que compõem os lados conflituosos. "Juntos, o Brasil e esses países têm peso e credibilidade no cenário internacional", justificou ao UOL.
Por fim, Ramos-Horta revelou que Lula não descartou a sugestão, e sinalizou poderia estudar a ideia. No entanto, ele também teria dito que não sabia se o Brasil teria relevância suficiente para cumprir com o papel sozinho, mas admitiu que todos os países mencionados, juntos, de fato poderiam ser ouvidos.
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