Imagem ilustrativa de jovem usando o computador - Foto de ArthurHidden, via Freepik
Crime

Jovem português que ordenou ataque em SP iria transmitir tortura e morte ao vivo

Jovem que orquestrou ataque a uma escola que terminou na morte de Giovanna Bezerra queria transmitir tortura de morador de rua; entenda!

Isabelly de Lima Publicado em 09/05/2024, às 09h47

Um jovem neonazista português de 17 anos, recentemente preso em Santa Maria da Feira, Portugal, choca autoridades brasileiras e portuguesas por seus planos macabros de crimes no Brasil.

Além de orquestrar o ataque à Escola Estadual Sapopemba que resultou na morte da estudante Giovanna Bezerra, de 17 anos, o jovem planejava outro crime bárbaro: a tortura e morte de um morador de rua no Brasil, com o objetivo de lucrar com a transmissão ao vivo do crime na internet.

Um dos crimes que estava a ser programado, no Brasil, era o homicídio com indícios de demorado sofrimento de um mendigo, com essas imagens transmitidas num ambiente cibernético e em que cada usuário pagaria uma quantia para assistir”, disse Neves em entrevista coletiva.

Na decisão que justificou a prisão preventiva do jovem, a juíza do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, Dra. Helena Santos, destacou o "absolutamente notório perigo concreto de continuação da atividade criminosa", tanto pela reiteração dos fatos quanto pela "expressiva gravidade dos mesmos".

A magistrada também ressaltou as "ideias extremistas e radicais muito enraizadas" do jovem, alertando para a "magnitude da brutalidade e da violência" em sua personalidade, agravada pelo poder de influenciar outros jovens.

Prisão pré-aniversário

O jovem neonazi foi preso poucos dias antes de completar 18 anos, vivendo com um dos pais em Santa Maria da Feira. Ele dividia seu tempo entre a Feira e Gondomar, na região metropolitana do Porto. A prisão preventiva foi considerada essencial para cortar o contato do jovem com qualquer tipo de comunicação, impedindo novos crimes e prejudicando o inquérito.

Além da morte por encomenda do morador de rua e do ataque à escola que vitimou Giovanna Bezerra, o jovem também planejava massacres em outras escolas brasileiras. Felizmente, as investigações da PJ e da Polícia Federal, com a colaboração da plataforma Discord, impediram a concretização desses crimes, segundo o portal O Globo.

Em comunicado à imprensa portuguesa, a plataforma Discord reiterou seu compromisso com a segurança e o combate a atividades ilegais. A empresa possui "políticas rigorosas contra atividades ilegais e compartilhamento de conteúdo prejudicial, com tolerância zero para extremismo violento e abuso infantil".

O jovem neonazista é acusado de cometer, ao todo, 11 crimes: homicídio qualificado, cinco tentativas de homicídio, pornografia de menores, associação criminosa, instigação pública a um crime e apologia pública ao crime.

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