Reconstrução facial em 3D do Homo sapiens mais antigo conhecido - Divulgação/Cícero Moraes
Arqueologia

Homo sapiens mais antigo já descoberto recebe reconstrução facial em 3D

Descoberto no Marrocos, o hominídeo viveu há cerca de 315 mil anos, sendo o Homo sapiens mais antigo conhecido; confira!

Éric Moreira Publicado em 20/06/2024, às 08h38

Na década de 1960, foi encontrado durante um processo de extração mineral em Jebel Irhoud, no Marrocos, o crânio de um hominídeo que habitou aquela região no passado. A primeiro momento, os pesquisadores pensaram se tratar de restos mortais de 40 mil anos.

Porém, com o progresso dos estudos em torno do fóssil, os pesquisadores puderam concluir em 2017, em um estudo publicado na revista Nature, que aquele fóssil — chamado de Irhoud 1 — seria bem mais antigo, pertencendo a um Homo sapiens que viveu há 315 mil anos. Assim, este seria o Homo sapiens mais antigo já descoberto.

Agora, mais recentemente, o designer 3D brasileiro Cícero Moraes criou uma representação artística de como seria o rosto do Irhoud 1. O trabalho foi publicado nesta semana na revista OrtogOnLineMag. Confira:

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Reconstrução em 3D do rosto de humano mais antigo já descoberto / Crédito: Divulgação/Cícero Moraes
Reconstrução em 3D do rosto de humano mais antigo já descoberto / Crédito: Divulgação/Cícero Moraes
Reconstrução em 3D do rosto de humano mais antigo já descoberto / Crédito: Divulgação/Cícero Moraes
Reconstrução em 3D do rosto de humano mais antigo já descoberto / Crédito: Divulgação/Cícero Moraes

 

Reconstrução

Conforme repercutido pela Revista Galileu, para a reconstrução, primeiro foi necessária uma digitalização em 3D do crânio. Para tanto, foram utilizadas imagens divulgadas pelo Instituto Max Planck, responsável pela investigação de 2017 do fóssil, que permitiram a recriação do crânio digitalmente.

Então, uma tomografia de um humano padrão foi aplicada no plano, para que pudesse ser moldada e adequada melhor ao crânio de Irhoud 1. Assim, moldou-se com mais detalhes a aparência externa e interna do rosto do hominídeo ancestral.

Por fim, Cícero Moraes gerou dois grupos de renderizações: um com elementos objetivos (sem pelos faciais e em escala de cinza, para não supor sua cor de pele), e uma outra representação artística mais elaborada.

Apesar das técnicas forenses avançadas para a reconstrução facial, o designer ainda ressalta que as imagens devem ser interpretadas com calma, pois "ainda que bem documentado, trata-se de um crânio composto por vários indivíduos, não representando apenas o fóssil Irhoud 1, mas a sua junção com outras estruturas, de modo a viabilizar a composição quase completa da peça", conforme Moraes atesta na publicação.

Vale mencionar que esta não é a primeira reconstrução facial de Cícero Moraes, O designer já se destacou anteriormente ao fazer reconstruções de outros achados arqueológicos humanos antigos, incluindo faraós e pessoas referentes a outras civilizações do passado.

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