Dean Gillispie foi solto em 2011, vinte anos após ter sido preso por um crime que não cometeu; agora ele será indenizado
Giovanna Gomes Publicado em 24/11/2022, às 08h17 - Atualizado em 27/11/2022, às 12h00
Um homem norte-americano que passou 20 anos de sua vida preso por um crime que não cometeu será indenizado em R$ 242 milhões (US$ 45 milhões) após ganhar ação civil contra um departamento de polícia e um ex-detetive.
Morador de Ohio, nos EUA, Dean Gillispie foi condenado por sequestro e estupro de duas meninas gêmeas e de uma mulher, no ano de 1991. Décadas depois, no entanto, ele conseguiria provar que, tanto a polícia de Miami Township quanto o ex-detetive Scott Moore, teriam suprimido evidências e adulterado identificações de testemunhas oculares à época do julgamento.
Segundo informações do portal de notícias UOL, Dean foi liberto da prisão em 2011. Ele contou com a ajuda do ex-procurador-geral de Ohio, Jim Petro, de sua mãe, Juana Gillispie, e também do Ohio Innocence Project, da faculdade de direito da Universidade de Cincinnati, para que pudesse limpar seu nome.
Hoje, o homem condenado injustamente tem 57 anos de idade e vive em Fairborn, no condado de Montgomerry, conforme apurou o jornal norte-americano USA Today.
"É difícil conceber o horror infligido a Dean, sua família e comunidade", declarou o diretor do projeto Ohio Innocence, Mark Godsey. "A maneira como as autoridades forçaram uma condenação e depois reagiram e se recusaram a admitir um erro foi tão decepcionante. Nada pode compensar Dean pelo horror", destacou.
"A justiça prevaleceu neste caso, embora tenha demorado muito, muito, muito tempo para que isso ocorresse", disse Jim Petro à fonte.
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