A prefeita da capital italiana determinou que o uso de transportes com cavalos sejam permitidos apenas para passeios turísticos em parques e vilas históricas
Giovanna de Matteo Publicado em 07/12/2020, às 11h12
A prefeita da cidade de Roma, Virginia Raggi, estabeleceu uma nova norma que proíbe o uso de carruagens com cavalos pelas ruas da capital italiana. Segundo ela, o "meio de transporte" com cavalos só será permitido para fins turísticos em propriedades como parques.
"O deslocamento das carruagens nos parques adequa um serviço tradicional de nossa cidade a um contexto que, ao longo das décadas, mudou profundamente, sobretudo por conta das transformações urbanas e da mudança das formas de mobilidade", disse a prefeita em nota divulgada oficialmente.
Na lógica de Raggi, os parques seriam os únicos lugares adequados que "oferecem um cenário ideal, não menos interessante do ponto de vista turístico, para a descoberta de ângulos secretos e sugestivos de uma das capitais mais verdes da Europa".
"É um passo histórico para uma cidade moderna respeitosa com o ambiente e os animais", afirmou ela.
A assessora para as Políticas do Verde e do Bem Estar Animal, Laura Fiorini, se posicionou a respeito da medida, e disse que essa nova legislação é fundamental para a segurança dos cavalos, que arriscavam suas vidas circulando na cidade entre os carros, um ato "danoso para os animais e perigoso para os usuários".
O assessor para a Circulação, Pietro Calabrese, também disse sua opinião a respeito do caso, e disse que a Prefeitura já definiu "percursos específicos" para os passeios a cavalo dentro dos parques romanos e de vilas históricas, com o intuito de proteger os animais.
Os trabalhadores e donos de empresas de carruagens a cavalo que não quiserem se adaptar à nova norma, poderão mudar gratuitamente sua licença de atividade para operação de táxis.
Sobre cavalos
O cavalo existe há milhões de anos. Um dos gêneros mais antigo de que se tem notícia é o Eohippus, que tinha a altura de um pônei e dedos nas patas. Há cerca de 3 milhões de anos surgiu a espécie Equus, ancestral do cavalo atual.
Dotada de cascos, ela se espalhou por vários continentes. Uma das mais importantes características do cavalo - e que permitiu o sucesso de seu relacionamento com o homem - é que ele precisa de um líder.
Sua capacidade, e mesmo vontade, de transferir lealdade determinou o reconhecimento do humano no lugar de outro equino como guia. E lá se foram juntos, homem e cavalo, rumo ao desenvolvimento das sociedades.
Entre as comunidades nômades que domesticaram o animal, os hunos se destacam. Eles podiam passar dias seguidos montados num cavalo. Até dormiam nas costas do animal, que servia de alimento, tração e transporte. O rei Átila devastou cidades inteiras, no século 5, com sua cavalaria.
Aos poucos, os demais povos aprenderam as habilidades equestres dos nômades. Ao conviver com o homem sedentário, o cavalo passou a ter outro papel, mais atrelado à vida econômica. As primeiras academias de equitação foram criadas na Idade Média, baseadas em técnicas violentas de conduta.
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