O acidente ocorrido no fim do trajeto resultou na morte de 55 pessoas e em uma comoção nacional
André Nogueira Publicado em 11/04/2020, às 09h00 - Atualizado em 08/07/2021, às 12h30
No dia 12 de abril de 1980, em Florianópolis, Santa Catarina, um trágico acidente aéreo marcou a história do estado após a morte de 55 pessoas, que tiveram seus corpos desaparecidos e procurados até mesmo pela população civil num esforço coletivo de desespero. Foi o triste caso do voo 303 da Transbrasil, que saiu de Belém (Pará) rumo a Porto Alegre, capital gaúcha.
A aeronave passou por Fortaleza (Ceará), Brasília (DF), Vitória (Espirito Santo), Rio de Janeiro e São Paulo. A capital catarinense seria a última escala antes do trajeto final, rumo à metrópole do Guaíba.
Entre Congonhas e o aeroporto Hercílio Luz, o avião passou por uma frente fria que provocou tempestades localizadas resultando em uma turbulência. No fim do trajeto, deu-se início à tragédia.
O Boeing já estava a caminho do pouso em Florianópolis no início da noite quando a visibilidade ficou muito baixa, por conta da chuva noturna. O comandante Geraldo Teixeira, piloto do veículo, cometeu um erro fatal: ele acreditava que estava sobrevoando a Baía Norte, em direção à pista de pouso, no entanto, o avião se direcionava aos arredores de morros.
Moradores do Bairro Ratones perceberam o grande veículo metálico caindo do céu próximo às 20:40 da noite. Houve um voo baixo, que não foi suficiente para reduzir o impacto, e pôde-se ouvir um estrondo seguido por um incêndio.
O Boeing 727 havia batido violentamente contra o Morro da Virgínia, a 300 metros de altura. Logo após a queda, deu-se início a uma busca por sobreviventes, em que um helicóptero do Esquadrão de Busca e Salvamento da Força Aérea Brasileira sobrevoava uma clareira com mais de 300 metros de comprimento causado pela queda.
Uma médica carioca foi socorrida no local, com 30% do corpo queimado, mas morreu no hospital após transferência para o Rio de Janeiro. Dos 58 indivíduos presentes no avião durante o voo, apenas três sobreviveram: o advogado Flávio Barreto e o casal Marlene e Cléber Moreira, cujo filho bebê faleceu. O local do acidente acabou em destroços, onde muitos foram realizar saques e furtos.
Quando foi lançado o relatório final da investigação pela Aeronáutica, foi revelado que o avião fora deslocado de sua rota original pelos fortes ventos da tempestade, descartando o erro humano como causa do acidente. Após o episódio, foi recomendado ao aeroporto a instalação de equipamentos de auxílio ao pouso.
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