O governo vem sofrendo com diversas repressões em relação à maneira que vem tratando o grupo Hamas
Redação Publicado em 13/10/2023, às 14h56 - Atualizado às 15h03
O governo brasileiro está enfrentando pressões por parte de parlamentares da oposição desde o início dos conflitos em Israel, que começaram no último sábado, 7, para categorizar o Hamas como um grupo terrorista. Em resposta a essa pressão, o Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado nesta quinta-feira, 12, para explicar por que o país ainda não adotou essa classificação.
O comunicado emitido pelo Itamaraty esclarece que o Brasil segue o critério estabelecido pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O texto enfatiza que o Conselho de Segurança mantém listas de indivíduos e entidades qualificados como terroristas, contra os quais são aplicadas sanções.
Este comunicado destaca que o Brasil repudia o terrorismo em todas as suas formas e manifestações e que a prática do país está alinhada com a capacidade de contribuir, seja de forma conjunta com outros países ou de maneira individual, para a resolução pacífica de conflitos.
Essa postura do Itamaraty ocorre em meio a pressões por parte de parlamentares. Na quarta-feira anterior, um grupo composto por 61 legisladores encaminhou um requerimento ao ministro Mauro Vieira, solicitando que o Brasil classificasse o Hamas como uma organização terrorista.
Até o momento, o Brasil categoriza o Al Qaeda, o Talibã e o Estado Islâmico como grupos terroristas. Em contrapartida, países como os Estados Unidos, o Reino Unido e o Japão reconhecem o Hamas como uma organização terrorista, divergindo da posição da ONU, segundo o portal O Globo.
Confira a nota do Itamaraty na íntegra:
“Em aplicação dos princípios das relações internacionais previstos no Artigo 4º da Constituição, o Brasil repudia o terrorismo em todas as suas formas e manifestações.
No tocante à qualificação de entidades como terroristas, o Brasil aplica as determinações feitas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, órgão encarregado de velar pela paz e pela segurança internacionais, nos termos do Artigo 24 da Carta da ONU.
O Conselho de Segurança mantém listas de indivíduos e entidades qualificados como terroristas, contra os quais se aplicam sanções. Estão incluídos o Estado Islâmico e a Al-Qaeda, além de grupos menos conhecidos do grande público.
A prática brasileira, consistente com a Carta da ONU, habilita o país a contribuir, juntamente com outros países ou individualmente, para a resolução pacífica dos conflitos e na proteção de cidadãos brasileiros em zonas de conflito — a exemplo do que ocorreu, em 2007, na Conferência de Anápolis, EUA, com relação ao Oriente Médio”.
Atriz revela detalhes de bastidores de novela após morte de Daniella Perez
Operação resgata 160 crianças de seita judaica investigada por abusos na Guatemala
Arqueólogos encontram 'tesouro' medieval em Berlim
Terracota: Arqueólogos fazem descoberta rara no mausoléu do imperador Qin
Gisèle Pelicot: Petição online pede indicação de francesa ao Nobel da Paz
Ataque a mercado de Natal deixa 5 mortos e 200 feridos na Alemanha