Fotografia de Sebastião Salgado compõe lista de fotos que 'definem a era moderna'

Recentemente, uma curadoria da revista T, revista de estilo do The New York Times, se debruçou sobre milhares de fotografias, jornalísticas e artísticas, para tentar separar 25 que ajudem a definir a "era moderna", a partir de 1955. No grupo de imagens selecionadas, inclusive, há uma de autoria de um renomado fotógrafo brasileiro.

Para a decisão, foram convidados o fotógrafo conceitual Stan Douglas; a produtora de fotografia vietnamita An-My Lê; a curadora de fotografia do Museu de Arte Moderna (MoMA), Roxana Marcoci; a documentarista Susan Meiselas; o fotógrafo americano Shikeith; Nadia Vellam, diretora de foto e vídeo da T; e M. H. Miller, um dos diretores de conteúdo da revista.

Para a seleção, o grupo buscou apontar obras com extremo impacto histórico, como o caso do primeiro registro do planeta Terra tirado da superfície lunar, pelas lentes do astronauta William A. Anders. Confira a lista completa clicando aqui.

Segundo M. H. Miller na publicação, "o processo final da produção foi claramente não científico. Foi um debate entre um certo grupo de pessoas, em um certo dia, e é melhor que seja considerado desta forma".

Ao final de algumas horas, à base de cafeína, o grupo se viu em frnete a uma pilha de obras de arte espalhadas pelo chão e uma seleção de 25 imagens sobre a mesa de reunião. Muitas das nossas questões não foram respondidas (e são impossíveis mesmo de resolver), mas os resultados, que não estão ranqueados, são nada menos do que surpreendentes", acrescenta.

Representante brasileiro

Na lista, chama atenção a fotografia de um renomado fotógrafo brasileiro: 'Serra Pelada', pelas lentes do mineiro Sebastião Salgado. Neste trabalho, de 1986, ele registra a dura vida dos garimpeiros que buscaram fazer alguma fortuna no Pará na coleta de ouro, mesmo sob condições extremas de trabalho.

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Vale mencionar que Salgado começou a fazer seus primeiros registros fotográficos em meados da década de 1970, quando viajou para a África enquanto ainda trabalhava na Organização Internacional do Café. Ele se especializou em capturas em preto e branco, já tendo fotografado em mais de 120 países.