Preso desde 1977 pelo assassinato de seis pessoas em Nova York, Berkowitz foi condenado a 365 anos de detenção
Fabio Previdelli Publicado em 29/05/2024, às 12h25
Na semana passada, David Berkowitz, o infame serial killer conhecido como 'Filho de Sam', teve pela 12ª vez seu pedido de liberdade condicional negado, conforme mostram os registros oficiais do Centro Correcional Shawangunk de segurança máxima em Wallkill, no estado de Nova York; onde ele está preso.
Atualmente com 70 anos, Berkowitz está em cárcere desde sua prisão em 10 de agosto de 1977 — por ter sido o responsável pelo assassinato de seis pessoas em Nova York entre 1976 e 1977.
+ David Berkowitz, o 'Filho de Sam', diz se inspirar em Anne Frank para escrever
David Berkowitz foi condenado a cumprir pena na prisão por seis homicídios, totalizando 365 anos de detenção. Mas, desde 2002, ele está elegível para liberdade condicional, com um conselho decidindo sobre seu destino a cada dois anos.
A última reunião, realizada nos últimos dias, decidiu por Berkowitz continuar atrás das grades. Conforme relatado pelo NY Post, o serial killer sabe que não tem chance de ser solto e chegou a faltar em alguns conselhos — algo que ele afirmou que não fará mais.
Não comparecer a uma audiência pode ser visto como um desafio à autoridade. E eu não sou isso", disse ao Post. "Acima de tudo, compareço para pedir desculpas abertamente pelos meus crimes passados e para expressar meu remorso".
O notório serial killer David Berkowitz foi responsável por seis mortes, sete feridos e por deixar uma cidade em pânico devido sua onda de crimes que começou em 29 de julho de 1976.
Na ocasião, Berkowitz, então com 23 anos, portava um revólver Bulldog calibre .44 enquanto caminhava em uma rua tranquila do Bronx; quando encontrou um carro onde Jody Valenti, de 19 anos, estava sentada com sua amiga Donna Lauria, 18. Ele abriu fogo, matando Donna e ferindo Jody.
Cerca de três meses depois, ele atacou novamente. Agora ferindo Carl Denaro, 20, enquanto ele estava sentado com um acompanhante em seu Volkswagen Beetle em Flushing. Berkowitz, aparentemente, confundiu a vítima de cabelos compridos com uma mulher.
Durante o período de nove meses, ele promoveu diversos ataques, o que fez com que a imprensa o apelidasse de "O Assassino do Calibre .44". Mas tudo mudou em 17 de abril de 1977, quando ele deixou um bilhete após matar o casal Alexander Esau, 20, e Valentina Suriani, 18.
Eu sou um monstro. Eu sou o filho de Sam", escreveu.
"Eu adoro caçar. Rondando pelas ruas em busca de carne saborosa de caça justa", disse ele sobre suas presas, que eram mulheres jovens com cabelos longos e escuros ou casais sentados em carros.
O pânico se espalhou pela Big Apple, fazendo com que mulheres cortassem os cabelos ou usassem perucas, recorda o Post. Enquanto isso, as discotecas ficavam vazias e os moradores locais se preparavam para um novo ataque.
O caso só foi resolvido depois que David foi multado por estacionar perto de um hidrante na noite de seu último assassinato; o que levou a polícia até sua casa em Yonkers. Quando ele deixou seu prédio, naquele 10 de agosto de 1977, as autoridades o abordaram.
Eu sou Sam. David Berkowitz", disse ele à polícia. "Por que demoraram tanto?".
Mais tarde, Berkowitz disse que seus crimes foram ordenados pelo labrador retriever preto de seu vizinho Sam Carr. Em junho de 1978, David foi condenado a 547 anos de prisão. Atrás das grades, ele diz ter encontrado Deus: "Jesus me permitiu sobreviver e prosperar".
Monstro: Nova temporada de série da Netflix gera polêmica
Ator revela o diferencial da série da Netflix sobre os irmãos Menendez
Turista morre em trágico acidente após ser atingida por estátua
Que horas estreiam os episódios de 'Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais'?
Veja a restauração das obras vandalizadas nos ataques de 8 de Janeiro
Templo encontrado submerso na Itália é analisado por arqueólogos