George Santos vem enfrentando uma série de acusações que podem custar seu cargo
Giovanna Gomes Publicado em 28/12/2022, às 07h13
O político filho de brasileiros eleito deputado pelo partido Republicano nos EUA, vem enfrentando acusações sérias que podem custar o cargo. George Santos, quem é apoiador de Trump e Bolsonaro, já admitiu ter mentido sobre seu currículo profissional e, agora, é acusado de não ter ascendência judaica, ao contrário do que afirmava.
Segundo informações da agência de notícias Reuters, a Coalizão Judaica Republicana declarou ontem, terça-feira, 27, que Santos não seria mais bem-vindo nos eventos do grupo, já que teria enganado os membros sobre sua conexão com a fé judaica.
"Ele nos enganou e deturpou sua herança", disse o diretor-executivo da coalizão, Matt Brooks. "Em comentários públicos e para nós pessoalmente, ele anteriormente afirmou ser judeu."
A nota do grupo foi divulgada após o político de Nova York dizer ao New York Post que "nunca afirmou ser judeu", ainda que uma mensagem em seu site de campanha afirmasse que sua mãe era judia e que seus avós haviam escapado dos nazistas durante Segunda Guerra Mundial.
"Sou católico. Como soube que minha família materna tinha origem judaica, disse que era 'judeu'", declarou George.
Na segunda-feira, o deputado, que tem sido pressionado para renunciar antes mesmo de assumir o cargo, afirmou: "meus pecados aqui estão embelezando meu currículo. Sinto muito". "Não me formei em nenhuma instituição de ensino superior", acrescentou.
O filho de brasileiros também confirmou a informação do New York Times de que "nunca trabalhou diretamente" para as empresas Goldman e Citigroup, mas alegou que fez uma "má escolha de palavras" ao falar sobre seu passado profissional.
Santos ainda negou a afirmação de que ele taria sido acusado de fraude no Brasil após ser pego preenchendo cheques com um talão roubado. "Não sou um criminoso aqui - nem aqui, nem no Brasil, nem em qualquer jurisdição do mundo", afirmou o político.
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