"Essas observações preconceituosas são incompreensíveis para nós e contrastam fortemente com o homem que conhecemos”, diz comunicado; Roald Dahl morreu há 30 anos
Isabela Barreiros Publicado em 10/12/2020, às 15h04
Conhecido por obras como A Fábrica de Chocolate, James e o Pêssego Gigante , Fantástico Sr. Fox e Matilda, uma faceta menos divulgada de Roald Dahl era seu antissemitismo declarado. Agora, 30 anos após sua morte, sua família veio a público para pedir desculpas pelos comentários preconceituosos.
Conforme publicado pela CNN, a família Dahl escreveu um comunicado, publicado em seu próprio site, como um pedido público de desculpas. Roald já havia feito comentários preconceituosos durante muitas entrevistas em sua vida, em especial a dada à revista New Statesman em 1983.
"Há um traço no caráter judeu que provoca animosidade, talvez seja uma espécie de falta de generosidade para com os não-judeus. Quero dizer, há sempre uma razão pela qual o anti-qualquer coisa surge em qualquer lugar; mesmo um fedorento como Hitler não apenas escolhe sem motivo”, afirmou na época.
O comunicado diz: "A família Dahl e a Roald Dahl Story Company se desculpam profundamente pelo dano duradouro e compreensível causado por algumas das declarações de Roald Dahl".
"Essas observações preconceituosas são incompreensíveis para nós e contrastam fortemente com o homem que conhecemos e com os valores que estão no centro das histórias de Roald Dahl, que têm impactado positivamente os jovens por gerações. Esperamos que, assim como ele fez o seu melhor, em seu pior estado, Roald Dahl pode ajudar a nos lembrar do impacto duradouro das palavras”, escreveram.
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