Harvey Weinstein, ex-produtor de cinema - Getty Images
Estados Unidos

Ex-produtor Harvey Weinstein é considerado culpado em casos de estupro e abuso sexual

Apesar da decisão, nome forte de Hollywood foi absolvido em outras três acusações — que poderiam levá-lo à prisão perpétua

Fabio Previdelli Publicado em 24/02/2020, às 18h00

Harvey Weinstein, ex-produtor de cinema, foi considerado culpado hoje, dia 24 de fevereiro, segunda-feira, por agressão sexual e estupro por um júri em Manhattan, nos Estados Unidos. Weinstein era acusado de cinco crimes, no entanto, ele foi absolvido em três deles. O mais grave, de agressão sexual predatória, poderia levá-lo à prisão perpétua. Agora, a pena máxima que ele pode enfrentar é de 25 anos.

Sua sentença só será anunciada em 11 de março e o ex-produtor deve aguarda esse período preso. O julgamento durou seis semanas e os jurados tiveram quatro dias para darem seu veredito. Neste período, eles ouviram seis mulheres que relataram como, uma das figuras mais relevantes e poderosas da indústria cinematográfica, usou todo seu poder para coagi-las e ter relações sexuais sem o consentimento das mesmas.

O emblemático caso é considerado por muitos como o momento principal do movimento #MeToo, que inspirou mulheres a relatarem e tornarem públicos casos de abuso sexual envolvendo pessoas influentes.  

Weinstein foi condenado por estupro de terceiro grau em caso envolvendo a atriz Jessica Mann, e por ato sexual criminoso em primeiro grau por forçar Miriam Haley, uma ex-assistente de produção, a praticar sexo oral à força.

Segundo a promotora Joan Illuzzi-Orbon, Weinstein era um “mestre de seu universo” quando o assunto era tratar as mulheres em seu círculo como “descartáveis” que não reclamavam quando eram “pisadas, cuspidas, desmoralizadas, estupradas e abusadas” pelo então nome forte de Hollywood.

Aos 67 anos, o ex-produtor se declarou inocente. Segundo seus advogados, ele que teria sido manipulado pelas mulheres que, segundo eles, tentavam ascender profissionalmente. A defesa também alega que todos os encontros foram consensuais.

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