Mário Expedito Neves Guerreiro, empresário e ex-combatente da Segunda Guerra Mundial - Arquivo pessoal; Arquivo pessoal
Brasil

Ex-combatente do Amazonas que lutou na 2ª Guerra Mundial morre aos 103 anos

Empresário e ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, Mário Expedito Neves Guerreiro faleceu aos 103 anos em Manaus nesta quinta-feira, 15

Luiza Lopes Publicado em 16/08/2024, às 11h43

Na tarde da quinta-feira, 15, o empresário e ex-combatente da Segunda Guerra Mundial Mário Expedito Neves Guerreiro faleceu aos 103 anos em Manaus.

Ele foi um dos pioneiros na industrialização das fibras na Amazônia e também um dos 160 amazonenses que foram para a Itália participar do maior conflito armado da História.

Ao g1, Juliana Guerreiro Monteiro de Paula, neta de Guerreiro, disse que ele morreu às 16h55 de causas naturais, na casa onde morava com a família na capital do Amazonas.

O velório ocorrerá a partir das 9h desta sexta-feira, 16, no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora de Nazaré, no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul. O sepultamento está previsto para as 16h, no Cemitério São João Batista.

Trajetória

Mário Guerreiro nasceu em Manaus, no bairro Villa Municipal (atual Adrianópolis). Em 1940, começou a trabalhar como datilógrafo em São Paulo e, em 1942, ingressou no Exército, sendo convocado para a Segunda Guerra em 1943. Ele lutou na Itália e retornou ao Brasil em 1945, retomando seu emprego anterior.

Em 1948, casou-se com Thereza em Manaus e, em 1951, voltou à cidade para assumir a direção do Hotel Amazonas. Formou-se em Direito em 1954 e se destacou como pioneiro na industrialização da Amazônia. Fundou a Brasiljuta, a maior empresa do setor de tecelagem nas Américas, que gerou milhares de empregos antes da criação da Zona Franca de Manaus (ZFM).

Guerreiro foi o primeiro presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e liderou a Associação Comercial do Amazonas (ACA) após a criação da ZFM. 

Ele foi fundamental para a instalação da Refinaria de Manaus, inaugurada em 1957, e ocupou a presidência da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) por diversas gestões.

Em 2021, aos 100 anos, Guerreiro superou a Covid-19 após 40 dias de internação. Devido à falta de leitos na rede privada de Manaus, que enfrentava uma crise de superlotação e escassez de oxigênio, ele foi transferido para São Paulo. Internado em 16 de janeiro, recebeu alta em 25 de fevereiro, saindo do hospital sob aplausos.

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