Uma pesquisa recente foi capaz de analisar resíduos orgânicos presentes em punhais europeus da época
Ingredi Brunato, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 30/04/2022, às 13h36
Um estudo publicado pela revista Scientific Reports no início deste mês de abril foi capaz de revelar de que forma as populações humanas que habitavam a Europa na Idade do Bronze de fato usavam suas adagas de cobre.
Até então, uma interpretação bem aceita pelos especialistas da área era de que as armas possuíam uma função cerimonial, sendo usadas para simbolizar o status social e a identidade de seu dono, segundo informações repercutidas pelo LiveScience.
Essa noção era baseada, por exemplo, no fato que muitos guerreiros deste período foram enterrados com seus punhais.
Um grupo de pesquisadores liderados pela Universidade de Newscatle, todavia, conseguiu ir além de interpretações, compilando evidências químicas de que essas lâminas de cobre eram usadas para cortar animais.
Dadas as dimensões dos punhais, eles seriam mais adequados não no contexto da caça, e sim no da preparação da carne — que inclui a retirada da pele e dos ossos, por exemplo — antes de seu consumo.
Essa foi a primeira pesquisa a extrair amostras orgânicas passíveis de análise laboratorial a partir de materiais feitos de cobre. Assim, a principal contribuição dos especialistas é o desenvolvimento desse método revolucionário de investigação de instrumentos do passado.
A descoberta da função das adagas da Idade do Bronze é apenas a primeira de muitas conclusões que podem ser alcançadas através do novo procedimento.
“A pesquisa revelou que é possível extrair e caracterizar resíduos orgânicos de metais antigos (...) Este é um avanço significativo já que o novo método permite a análise de uma ampla variedade de ferramentas e armas de liga de cobre de qualquer lugar do mundo", afirmou a arqueóloga Andrea Dolfini, que foi uma das autoras do artigo.
"As possibilidades são infinitas, assim como as respostas que o novo método pode e fornecerá no futuro", concluiu ela, ainda de acordo com o LiveScience.
+Para conferir o estudo na íntegra, clique aqui.
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