Beatriz Matos continuará legado de defesa e representatividade de povos indígenas
Luisa Alves, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 20/06/2022, às 15h57
Beatriz de Almeida Matos, antropóloga e esposa de Bruno Araújo Pereira, indigenista assassinado no Amazonas durante missão com o jornalista inglês Dom Phillips, continuará legado de marido para defesa da floresta Amazônica.
Assim como Bruno Pereira, Beatriz Matos, é reconhecida por sua contribuição para a conservação histórica e para a representatividade dos povos indígenas. Mãe de 2 dos filhos de Bruno, Beatriz Matos recentemente foi co-autora de um artigo a respeito dos impactos da Covid-19 na região do Vale do Javari.
"O contexto de emergência que a pandemia de covid-19 impôs não é subterfúgio para legitimar o desmantelamento de políticas públicas que garantem a sobrevivência desses povos. Em muitos casos, trata-se literalmente de garantir condições mínimas para tanto, após anos de contatos desastrosos. Do contrário, estaremos diante de um Estado que assume, de forma consciente, sua incapacidade de proteger a diversidade étnica que habita seu território. No limite, um ato irresponsável que pode nos levar a sermos testemunhas de um genocídio em território brasileiro, no tempo presente", conta no artigo.
Beatriz Matos atualmente coordena projetos de documentação e salvaguarda de línguas indígenas transfronteiriças e da cultura material korubo. As informações são do UOL. A antropóloga também participou da fundação do Ameríndia, grupo de pesquisa em etnologia indígena e dos povos e comunidades tradicionais, da UFPA (Universidade Federal do Pará).
Bruno Araújo era servidor licenciado da Funai. Ele foi demitido do cargo de coordenador-geral de Índios Isolados e de Recente Contato, pelo delegado Marcelo Xavier, presidente do órgão indicado por Jair Bolsonaro.
O indigenista e o jornalista Dom Phillips, correspondente do 'The Guardian', visitavam a Amazônia para relatar a crise ambiental e suas consequências para as comunidades indígenas e suas terras. As informações são do UOL.
Sua última missão era no Vale do Javari, região que abriga cerca de 6.300 indígenas, sendo a maior concentração do mundo. A área sofre com o avanço do tráfico de drogas, mineração, extração ilegal de madeira e caça clandestina.
Bruno era um conhecido defensor dos povos indígenas e atuante na fiscalização de invasores, como garimpeiros, pescadores e madeireiros, sofrendo constantes ameaças desses grupos.
Os restos mortais de Bruno e Dom foram encontrados na Amazônia e tiveram suas identificações confirmadas, no último sábado, 18. O pescador Amarildo da Costa Oliveira, um dos suspeitos preso, revelou a autoria dos homicídios, além do esquartejamento e enterramento das vítimas.
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